O dólar hoje fechou o pregão com uma alta considerável em relação ao real. No encerramento do mercado nesta quarta-feira (17), a moeda americana subiu 1%, cotada a R$ 5,483. Às 16h, chegou a bater R$ 5,485. No mercado de câmbio, pesam as incertezas sobre a política monetária do Japão, a cautela com o cenário político e econômico dos Estados Unidos, e as preocupações com a situação fiscal brasileira.
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Em entrevista ao Broadcast/Estadão, o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, afirmou que o Ministério da Fazenda não possui um prazo específico para recalcular a alíquota dos tributos sobre o consumo, após a aprovação da regulamentação do sistema na Câmara dos Deputados na última semana. Ele mencionou, no entanto, que foram feitas mudanças adicionais que podem aumentar o percentual.
No exterior, o vice-ministro das Finanças para Assuntos Internacionais do Japão, Masato Kanda, alertou nesta quarta-feira que “não há limites” para intervenções no mercado de câmbio, caso o governo considere a oscilação do iene excessiva. Em entrevista ao Kyodo News, Kanda disse que ações apropriadas serão tomadas contra flutuações especulativas da moeda.
Nos EUA, o mercado estava atento à atividade econômica americana, que cresceu modestamente na maioria dos distritos, conforme o Livro Bege do Federal Reserve divulgado hoje. Sete distritos registraram aumento na atividade, enquanto cinco tiveram atividade estável ou em declínio. Os salários cresceram modestamente, e os preços subiram moderadamente. As despesas das famílias permaneceram praticamente inalteradas.
As vendas de automóveis variaram, com algumas regiões registrando queda devido a um ciberataque em concessionárias e altas taxas de juros. A demanda por empréstimos a consumidores e empresas foi fraca. O setor de viagens e turismo cresceu conforme o esperado, enquanto a atividade agrícola variou por causa de secas esporádicas. A manufatura apresentou tendências divergentes, de forte retração a crescimento moderado.
A reposição de estoques no varejo impulsionou um leve crescimento na atividade de transporte, e a capacidade limitada no transporte marítimo aumentou as taxas à vista. As expectativas econômicas indicam um crescimento mais lento nos próximos seis meses devido à incerteza eleitoral, política interna, conflitos geopolíticos e inflação.
Os preços continuaram a subir modestamente, e os gastos do consumidor permaneceram estáveis. Consumidores priorizaram itens essenciais e pesquisaram melhores preços, enquanto os preços de insumos se estabilizaram.
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O emprego nos EUA cresceu levemente até meados de julho. A maioria dos distritos relatou estabilidade ou ligeiro aumento no emprego, com uma leve melhora na oferta de mão de obra, embora a disponibilidade de trabalhadores continue escassa. O setor industrial registrou queda de empregos devido à desaceleração de novas encomendas. Os salários aumentaram de forma “modesta a moderada” entre maio e julho, com uma desaceleração no crescimento dos salários devido a uma maior oferta de trabalhadores.
Um fator de grande impacto no mercado americano nesta quarta-feira foi a queda das big techs, devido a sinalizações de que os principais candidatos à presidência dos Estados Unidos pretendem pressionar China e Taiwan, impondo restrições comerciais para a exportação de chips aos países asiáticos.
O que afetou o dólar hoje?
O dólar fechou em alta em relação ao real, subindo 1% e cotado a R$ 5,483.
Às 16h, chegou a bater R$ 5,485.
Incertezas sobre a política monetária do Japão, o cenário político e econômico dos EUA e a situação fiscal brasileira influenciam o mercado de câmbio.
Bernard Appy, secretário da Reforma Tributária, afirmou que não há prazo para recalcular a alíquota dos tributos sobre o consumo após a aprovação na Câmara dos Deputados.
Mudanças adicionais podem aumentar o percentual da alíquota.
O vice-ministro das Finanças do Japão, Masato Kanda, alertou que “não há limites” para intervenções no câmbio, caso o iene tenha oscilações excessivas.
A atividade econômica dos EUA cresceu modestamente na maioria dos distritos, segundo o Livro Bege do Federal Reserve, o que também impactou o dólar.