A Embraer (EMBR3) anunciou, na noite de quinta-feira (18), que entregou 47 aeronaves no segundo trimestre de 2024, um aumento de 88% na comparação com o primeiro período deste ano, quando totalizou 25 jatos entregues. Em relação ao mesmo trimestre de 2023, quando entregou 48 aeronaves, a companhia registrou um leve recuo de 2%. Veja aqui o relatório completo.
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O Citi considera que as entregas e a carteira de pedidos da fabricante de aeronaves “parecem promissores”. Isso porque os pedidos firmes consolidados atingiram um pico de 7 anos e a carteira de entregas comerciais apresenta boa qualidade, contrastando com os resultados mais modestos no segmento de jatos executivos.
A companhia anunciou que entregou 47 jatos no segundo trimestre de 2024, incluindo 19 aeronaves comerciais, 27 na divisão de aviões executivos e um Millennium C390. A estimativa do Citi era de 48 jatos, incluindo 19 comerciais e 29 jatos executivos. No mesmo período do ano anterior, a Embraer havia entregado 17 jatos comerciais e 30 de negócios.
Para os analistas Stephen Trent, Filipe Nielsen e Jay Singh, o segmento de aviação comercial foi o principal motor para os aumentos na comparação trimestral e anual no livro de pedidos firmes da empresa.
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O time diz ainda que “como a escolha de alguns países europeus pela aeronave militar Millennium C390 da empresa ainda não foi incluída na carteira de pedidos, essa posição poderia apoiar a atividade de pedidos durante o próximo Farnborough Air Show”, na Inglaterra.
O que o Itaú BBA diz sobre a Embraer
Na direção oposta ao Citi, o Itaú BBA afirma que as entregas da Embraer no segundo trimestre de 2024 vieram abaixo do esperado por conta das divisões comercial e executiva. Contudo, o banco pondera que a fabricante de aeronaves brasileira reportou uma carteira de pedidos (backlog) sólida, que evidencia uma demanda ainda saudável em todos os segmentos.
Já que as entregas envolvendo as divisões comercial e executiva vieram aquém da expectativa, o BBA calcula que a empresa precisa ter uma aceleração nas entregas comeciais e executivas em cerca de 15% e 5% ao ano no segundo semestre de 2024 para atender a faixa inferior do guidance (projeção) deste ano.
O backlog de US$ 21,1 bilhões reportado pela Embraer representa estabilidade em relação ao trimestre anterior, mas “indica que a sólida tendência operacional permanece”, escreve o time de analistas do BBA, liderado por Daniel Gasparete.
O BBA reitera recomendação outperform (equivalente a compra) para a Embraer. O preço-alvo de US$ 36 representa um potencial de valorização de 22,9% sobre o fechamento de quinta-feira (18).
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O Citi reitera recomendação de compra para a ação da Embraer. O preço-alvo de US$ 36 representa um potencial de valorização de 22,9% sobre o último fechamento.
*Com informações do Broadcast