A possível deslistagem das ações da Cielo (CIEL3), mediante a oferta pública unificada do Bradesco (BBDC4) e do Banco do Brasil (BBAS3) para a aquisição de até a totalidade das ações ordinárias, é neutra para os ratings da empresa de maquininha, de acordo com a Fitch Ratings.
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Para a agência de classificação de risco, a maior participação do Bradesco e do BB na nova estrutura acionária reforçará a flexibilidade financeira e a vantagem competitiva da Cielo, tanto no relacionamento quanto na rede de distribuição desses dois bancos do sistema bancário.
“Os ratings da Cielo continuam refletindo sua forte posição no setor de pagamentos brasileiro, a expectativa de crescimento e a forte geração de fluxo de caixa operacional”, afirma a Fitch em relatório divulgado nesta quarta-feira (7).
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Atualmente, a Fitch classifica os IDRs da Cielo (Issuer Default Ratings) em moedas estrangeira e local em ‘BB+’ e o rating nacional de longo prazo em ‘AAA(bra)’, com perspectiva estável.
Caso a oferta de aquisição de ações (OPA) seja concluída com a deslistagem da empresa, o Bradesco aumentaria sua participação para 50,01% e o Banco Brasil para 49,99%, de 30,06% e 28,65%, respectivamente, no momento. Essa nova estrutura acionária, na visão da Fitch, destaca a importância estratégica da Cielo e de seus negócios para os atuais acionistas controladores.
“Espera-se que a transação sustente a já forte flexibilidade financeira da Cielo, com acesso amplo e direto ao financiamento dos acionistas, potencial venda cruzada de produtos e mais flexibilidade para reduzir dividendos“, escreveu a agência.