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Genial prevê avanço no Ebitda da Klabin (KLBN11)

A casa tem recomendação de compra para as ações, com preço-alvo para 12 meses de R$ 26,35

Genial prevê avanço no Ebitda da Klabin (KLBN11)
Fábrica da Klabin em Ortigueira, no interior do Paraná. (Foto: Felix Leal/Estadão)

A Genial Investimentos estima que o resultado da Klabin (KLBN11) no quarto trimestre de 2023 terá um interessante avanço trimestral no Ebitda, impulsionado principalmente por uma melhor dinâmica de receitas (ramp-up parcial do MP28 + melhora nos preços de celulose), alinhada a uma dinâmica de custos um pouco mais arrefecida (maior capacidade de diluir custos fixos).

A casa tem recomendação de compra para as ações da Klabin, com preço-alvo para 12 meses de R$ 26,35, o que representa 24,3% de potencial valorização em relação ao fechamento da última segunda-feira (5).

“Analisando as tendências, acreditamos que haverá uma descompressão no CPV relacionada a uma queda nos custos fixos, devido à maior capacidade de diluição no CPV/tonelada. Entretanto, essa dinâmica deve ser parcialmente compensada por um aumento nos custos de madeira, produtos químicos e óleo combustível. Espera-se que os custos da madeira aumentem e sejam suscetíveis a uma maior necessidade de compra de terceiros. Os custos do óleo combustível também devem aumentar, desta vez devido ao aumento do preço dos derivados de petróleo. Devido a esses fatores, espera-se que o CPV/tonelada da celulose, excluindo as paradas, atinja R$ 1.326/t (+1,0% no trimestre; -0,9% em um ano)”, dizem Igor Guedes, Lucas Bonventi e Rafael Chamadoira.

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Para a Genial, o progresso em uma base trimestral é suficiente para permanecer otimista com a tese da Klabin, em um movimento para recuperar os resultados e colher os frutos dos investimentos relacionados a Puma II com MP28. A projeção de lucro líquido da casa é de R$ 513 milhões, representando alta de 109,7% no trimestre, mas queda anual de 35,0%, mais que dobrando em base trimestral.

Ao comparar a Klabin com seu principal par, a Suzano (SUZB3), a Genial destaca que o projeto Puma II, com a entrada em operação da MP28, indica que essa maior previsibilidade no negócio de papel e embalagem pode ser convertida em maior escala em aumento de receita, algo que pode não acontecer em uma extensão equivalente com a Suzano e seu projeto Cerrado, “que é mais dependente dos preços das commodities para gerar um ROIC atraente”, segundo os analistas.

“Mesmo assim, entre os prós e os contras, a Klabin enfrentará um momento difícil em termos de custos, causado pelo aumento da penetração de madeira de terceiros, considerando que, para incentivar o ramp-up da MP28, ainda não há madeira própria suficiente em regiões próximas ao complexo de máquinas no Paraná (PR) para suportar as taxas de crescimento”, ponderam.

O Projeto Caetê é visto pela casa como potencial redutor da curva de custos. “Não é uma solução completa, mas acreditamos que seja muito bem-vindo para melhorar a curva de custos. A demanda por madeira de terceiros ainda persiste, embora nossas projeções indiquem uma redução considerável dessa dependência nos próximos cinco anos em relação às estimativas anteriores”, dizem.

Projeções

A projeção da casa para o quarto trimestre é de embarques de 113 mil toneladas (Kt) de Kraftliner, o que representa alta de 11,2% trimestre contra trimestre (t/t), mas baixa de 10,3% ano contra ano (a/a). Enquanto isso, para papel-cartão o volume deve atingir 192 Kt (+16,2% t/t; +7,7% a/a). Para caixas de papelão ondulado, na divisão de embalagens, a desaceleração sazonal deve arrastar o número para 220Kt (-2,9% t/t; +5% a/a) e os sacos industriais são projetados em 36Kt (+2,5% t/t; -2,3% a/a).

“Avaliamos os números como favoráveis para um trimestre de aceleração da receita, especialmente no lado do papel (não tanto no da embalagem)”, comentam os analistas.

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No curto prazo, eles esperam que o MP28 produza mais kraftliner, no entanto, ao longo de 2024, acreditam que a dinâmica se inverterá, considerando que o ramp-up do MP28 começará a aumentar a penetração do papel-cartão em relação ao kraftliner. “Esse aumento gradual já pode ser sentido neste trimestre (em menor grau, há mais por vir)”, dizem. Além disso, os analistas prevêm um leve ajuste de preços, para R$ 5.561/t (+0,7% t/t; +6,8% a/a).

Adicionalmente, apesar da continuidade do repasse em relação à inflação, a Genial projeta que os reajustes de preços neste trimestre para caixas de papelão ondulado também serão mais moderados, com o valor registrando R$ 5.879/t (+0,3% t/t; +0,1% a/a). “Embora esse seja um ligeiro aumento em comparação com a queda de -1,1% t/t no terceiro trimestre, ele deve mostrar sinais de que os ajustes de preços terminarão o ano ligeiramente acima da inflação. Para 2024, o cenário parece um pouco mais apertado, dado que nos últimos anos os repasses têm sido acima da inflação, dificultando a continuidade do sobrepreço no curto prazo”, avalia.

Já para o segmento de celulose, a casa de investimentos prevê um declínio sequencial no volume de madeira de lei e de fibra longa. Embora as vendas tenham adotado um maior apetite, o terceiro trimestre já mostrou que os embarques de celulose excederam a capacidade total (dividida por trimestre), diz. Considerando o carry over, a projeção é de uma desaceleração sequencial nos embarques no quarto trimestre, para 308Kt (-2,2% t/t; +15,3% a/a) na BHKP e 109Kt (-1,8% t/t; +1,8% a/a) para a BSKP.

No lado dos preços, os analistas acreditam que o trimestre verá o início da melhora na dinâmica de realização para a venda de celulose de mercado, com a madeira de fibra curta atingindo R$ 2.836/t (+8,1% t/t) e a madeira de fibra longa atingindo R$4.748/t (+2,7% t/t). “Como previsto anteriormente, essa melhora no repasse de preços contribuirá para um Ebitda melhor”, dizem Guedes, Bonventi e Chamadoira. “Início do processo de recuperação, com um longo caminho a percorrer”.

Principalmente devido ao aumento projetado nas remessas em relação ao MP28, a Genial estima um crescimento na receita do segmento de papel para R$ 1,4 bilhão (+15,3% t/t; -6,2% a/a). Com a tendência oposta, em relação a embalagens, prevê uma queda na receita, devido à diminuição do volume, atingindo R$ 1,6 bilhão (-1,5% t/t; +5,1% a/a). Para a divisão de celulose, a receita também deve aumentar, levando as projeções para R$ 1,4 bilhão (+3,9% t/t; -23,6% a/a). Com um mix majoritariamente positivo entre as tendências, a receita total consolidada da Klabin deve, portanto, acelerar em relação ao trimestre passado, atingindo R$ 4,6 bilhões (+4,6% t/t; -9,4% a/a), segundo o relatório.

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Por fim, no segmento de papel e embalagem, a Genial espera que o Ebitda atinja R$ 990 milhões (+8,5% t/t; +21,0% a/a). “Destacamos, entre os ventos favoráveis, o aumento da receita impulsionado pelo ramp-up do MP28 e a maior diluição dos custos fixos. Para a celulose, esperamos que o Ebitda também aumente, atingindo R$ 543 milhões (+23,6% t/t; -50,0% a/a), impulsionado por uma dinâmica de preços mais favorável. Em uma base consolidada, esperamos um EBITDA de R$ 1,5 bilhão (+13,4% t/t; -19,5% a/a).

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