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Gestores melhoram cenário para câmbio e passam a apostar em dólar a até R$5,11

Gestores melhoram cenário para câmbio e passam a apostar em dólar a até R$5,11

Gestores de fundos na América Latina melhoraram de forma sensível em fevereiro as expectativas para a moeda brasileira, vendo agora chances majoritárias de o dólar fechar este ano em até 5,11 reais, depois de em janeiro terem como principal aposta estimativa de que a cotação poderia ir até 5,70 reais, mostrou uma pesquisa do Bank of America com data desta terça-feira.

Um universo de 60% dos gestores consultados prevê que o dólar terminará 2022 entre 5,11 reais e 5,40 reais, porcentagem bem acima da de pouco mais de 20% na pesquisa de janeiro.

No mês passado, cerca de 55% dos entrevistados previam que a moeda norte-americana chegaria ao fim do ano entre 5,41 reais e 5,70 reais. Essa ala caiu para menos de 20% do todo na sondagem deste mês.

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Com isso, a aposta de que o dólar pode ir a 5,70 reais está menor que a de que a moeda pode chegar a 4,81 reais.

Isso porque agora o cenário com a segunda maior adesão entre os gestores é o de que o dólar encerra 2022 entre 4,81 reais e 5,10 reais –com porcentagem de 20%. Em janeiro, esse lugar era ocupado pela faixa entre 5,11 reais e 5,40 reais (pouco mais de 20%).

O dólar à vista era cotado pouco abaixo de 5,19 reais nesta terça-feira.

Na pesquisa de fevereiro, cenários com taxas de câmbio mais extremas deixaram de ser considerados. Em janeiro, menos de 5% dos gestores consultados consideravam chances de o dólar fechar o ano entre 6,01 reais e 6,30 reais e de a cotação chegar a dezembro valendo menos de 4,50 reais.

Na sondagem de fevereiro também deixou de ser citado o cenário em que o dólar fica entre 5,71 reais e 6,00 reais –que em janeiro era a aposta de 10% dos entrevistados.

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Em alta de 7,4% no ano, o real ostenta o melhor desempenho entre os 33 pares do dólar. Em fevereiro, a moeda brasileira tem o terceiro maior ganho, de 2,3%, superado apenas pelas moedas de Polônia e Tailândia

Especuladores que operam na Bolsa Mercantil de Chicago (CME) fizeram, na semana finda no último dia 8, a maior compra líquida de contratos de reais em pelo menos 26 anos. E em 2022 o Brasil já recebeu 5,7 bilhões de dólares.

O Bank of America chama a melhora das expectativas para a divisa brasileira de “conto do carry trade” –em referência ao aumento da taxa de retorno embutida em contratos de real na esteira da elevação da Selic a dois dígitos.

A mesma pesquisa divulgada nesta terça mostrou que a visão majoritária (cerca de 40%) dos gestores consultados passou a ser de uma Selic entre 12% e 12,75% ao fim de 2022, contra 23% em janeiro, quando o cenário da maioria era de juro básico entre 11% e 11,75%. A Selic está em 10,75% ao ano.