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Goldman Sachs eleva recomendação e preço-alvo da Dexco (DXCO3)

Nesta tarde, ações de empresa despontam no Ibovespa

Goldman Sachs eleva recomendação e preço-alvo da Dexco (DXCO3)
Unidade de produção de MDF da Dexco (Foto: Divulgação)

O Goldman Sachs elevou a recomendação das ações da Dexco (DXCO3) de neutro para compra, com preço-alvo de R$ 9,50 em 12 meses, o que representa uma expectativa de alta de 30,5% em relação à cotação do papel no último pregão, quando estava em R$ 7,28. Às 15h, as ações da Dexco eram negociadas a R$ 7,48, alta de 2,75%, entre as maiores altas do Ibovespa no período.

Na visão dos analistas Marcio Farid, Gabriel Simões e Henrique Marques, a Dexco está em um momento de virada dos negócios, marcado pela conclusão de um ciclo de investimentos e tendência de capturar os ganhos desses aportes e voltar a apresentar fluxo de caixa positivo.

Em relatório, o time do Goldman Sachs lembrou que os últimos anos da companhia foram marcados por investimentos altos, concomitante com perda de rentabilidade nas divisões de Louças e Metais Sanitários (Deca) e de Acabamentos Cerâmicos, bem como aumento da dívida e das despesas com juros. Tudo isso aconteceu ao mesmo tempo em que houve um esfriamento da demanda por materiais de construção após o pico nos meses seguintes ao da pandemia.

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A Dexco anunciou em 2021 um plano de R$ 2,5 bilhões em investimentos estratégicos para os anos seguintes. Com a piora do cenário macroeconômico, o plano foi reduzido para R$ 1,8 bilhão. No geral, os investimentos incluem automação das plantas de louças sanitárias, melhorias em suas fábricas de painéis de madeira, ampliação da base florestal e uma nova fábrica de revestimentos cerâmicos.

Agora, porém, a história está mudando, na percepção dos analistas. “Como a Dexco planeja concluir a maior parte do seu plano de investimento este ano, vemos o capex caindo para mais perto do nível de manutenção em 2025, em cerca de R$ 800 milhões. Com isso, esperamos que a Dexco comece a capitalizar os investimentos realizados e que estão sendo concluídos este ano, melhorias na geração de fluxo de caixa livre no futuro”, descreveram os analistas no relatório.

Além disso, o mercado de materiais de construção está dando sinais de melhora, conforme apontou a direção da Dexco em um evento recente do setor. Segundo a direção, o mercado está mais estável este ano e com mais interesse dos consumidores, citaram os analistas.

O time do Goldman Sachs apontou ainda que as divisões Deca e Cerâmicos caminham para voltar ao ponto de equilíbrio neste semestre. “A recuperação dos negócios demorou mais do que o esperado, mas o ponto de equilíbrio da rentabilidade será alcançado em breve”, projetaram.

“Acreditamos que os principais ajustes no negócio já foram executados, incluindo calibragem de produção, mudanças na estratégia comercial, normalização de estoques e reformulação do mix de produtos. Com isso, esperamos que a empresa comece gradativamente a colher os benefícios desses ajustes, bem como dos novos investimentos”, afirmaram.

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Para a Divisão Madeira, os analistas esperam uma rentabilidade resiliente devido a dois fatores: o primeiro é que a empresa atua de modo integrado, isto é, com base florestal própria e produção de painéis, o que lhe dá vantagens competitivas. O segundo ponto é o potencial de vendas diretas de madeira, que impulsionou o lucro operacional nos últimos trimestres.

Os analistas do Goldman Sachs observaram também que a ação da Dexco tem correlação com a taxa base de juros do País e que tende a reagir positivamente ao ciclo de afrouxamento monetário. “Historicamente, durante os ciclos de redução dos juros, para cada 100 pontos-base de corte na taxa, o preço das ações da Dexco aumentou 25%”, apontaram.