O Goldman Sachs acredita que a revisão do estatuto da Petrobras (PETR4) pode impactar o pagamento de potencial dividendo extraordinário e abrir espaço para a nomeação de indivíduos mais expostos politicamente para cargos de gestão. O conselho de administração da companhia aprovou, por maioria, a submissão de proposta de revisão do seu Estatuto Social à Assembleia Geral Extraordinária (AGE), a ser convocada oportunamente.
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Se aprovada, a administração poderá avaliar, e submeter à avaliação dos acionistas, a constituição de uma reserva para garantir o pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (incluindo sua antecipação), recompra de ações, absorção de prejuízos e incorporação no capital social da empresa.
A proposta, na avaliação do Goldman, também buscou deixar claro que, para nomeação dos cargos de administração, a Petrobras considerará apenas conflitos de interesse expressamente previstos em lei.
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“A proposta de criação de uma reserva de remuneração aumenta as incertezas em nossa previsão para o pagamento de um potencial dividendo extraordinário e, adicionalmente, observamos que a proposta deixa espaço para a nomeação de indivíduos politicamente expostos para cargos de gestão”, escreveram os analistas Bruno Amorim, Joao Frizo e Guilherme Costa Martins em relatório.
O Goldman Sachs tem recomendação de compra para Petrobras, com preço-alvo é de R$ 46,60 para as ações ON e de R$ 42,40 para as PN, representando potenciais de valorização de 14,2% e 12% respectivamente.