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Itaú (ITUB4) vai pagar juros sobre capital próprio. É hora de comprar a ação? Veja análises

Bom desempenho do banco vem agradando casas de investimento, principalmente em relação ao primeiro trimestre

Itaú (ITUB4) vai pagar juros sobre capital próprio. É hora de comprar a ação? Veja análises
Banco Itaú (Foto: AdobeStock)

O Itaú Unibanco (ITUB4) anunciou que vai pagar aos seus acionistas um valor chamado ‘JCP’, que é uma espécie de “juros” sobre o capital próprio investido nas ações. Esse valor seria de R$ 0,2510 por ação, mas com o desconto de 15% do Imposto de Renda (IR), o retorno será de R$ 0,21335 por ação

Isso vai acontecer apenas para quem for acionista até o dia 20 de junho deste ano.  Além disso, o banco decidiu que os já declarados, junto com os que já foram anunciados em março deste ano, serão pagos juntos no dia 30 de agosto, totalizando R$ 0,41888 por ação.

O Itaú teve um bom lucro nos primeiros três meses deste ano, aumentando 15,8% em comparação com o ano passado. Isso se deve a um crescimento nas receitas, principalmente vindas dos empréstimos e serviços que o banco oferece. Além disso, menos pessoas deixaram de pagar suas dívidas, o que auxiliou o banco a ganhar mais dinheiro.

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Com a ação negociada a R$ 31,62 às 13h, a pergunta importante para quem pensa em investir é: será que é um bom momento para adquirir papéis de ITUB4? Veja a seguir o que os especialistas do mercado dizem sobre isso.

BB Investimentos

No primeiro trimestre de 2024, o Itaú registrou um desempenho positivo, com um lucro líquido recorrente gerencial de R$ 9,77 bilhões, representando um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 21,9%. As tendências do resultado foram semelhantes aos trimestres anteriores, com algumas variações sazonais típicas do primeiro trimestre, de acordo com o BB em relatório. O resultado foi impulsionado por um bom desempenho das receitas, juntamente com despesas com provisões menores e custos controlados.

Apesar do crescimento fraco na carteira de crédito em comparação com o ano anterior, essa tendência deve mudar ao longo de 2024, conforme a inadimplência diminui de forma mais significativa em todo o setor bancário. Isso provavelmente permitirá que o banco retome um crescimento mais robusto em volume, compensando a redução das margens que pode ocorrer nos próximos trimestres devido à queda nas taxas de juros.

Em suma, não há indicações sólidas de que o bom desempenho do Itaú esteja prestes a sofrer uma mudança significativa. O banco deve continuar sendo o líder na análise do BB, mantendo uma performance rentável e equilibrada. Além disso, o relatório destaca a posição pioneira do Itaú no movimento de transformação digital do setor bancário.

Bradesco BBI

Os analistas Gustavo Schroden, Eric Ito e Gabriel Menezes destacam em seu relatório uma visão positiva sobre os bancos brasileiros, apoiada pela expectativa de impactos favoráveis devido a taxas de juros mais altas por um período prolongado, redução das preocupações com a qualidade dos ativos e previsões de crescimento de lucros e retornos sobre o patrimônio (ROEs) elevados.

De acordo com a equipe do BBI, o Itaú é considerado a melhor opção, levando em conta o cenário macroeconômico do Brasil. Eles apontam que o banco provavelmente continuará a apresentar um sólido resultado líquido nos próximos meses, impulsionado por uma receita líquida de juros (NII) ainda considerada “decente”. Isso se deve aos resultados do tesouro compensando uma possível desaceleração no crescimento do empréstimo no futuro, juntamente com um menor custo de risco e controle de qualidade dos ativos.

BTG Pactual

Para o BTG, Itaú ainda é a principal escolha entre os bancos brasileiros, demonstrando um crescimento comercial sólido nos últimos trimestres, impulsionado por uma transformação cultural. Para 2023, foi projetado um aumento de 15% ao ano no lucro líquido, após um crescimento de cerca de 20% em 2022. Com base nisso, observa-se que o banco está sendo negociado a aproximadamente 7,7 vezes o lucro por ação para 2023 e 7,1 vezes para 2024.

Os resultados se destacam em comparação com seus concorrentes, especialmente devido à qualidade de seus ativos, o que resulta em um nível mais controlado de inadimplência, superando até mesmo expectativas anteriores.

No segundo trimestre de 2023, o sólido índice de Capital de Nível 1 de 13,2% e um ROE de 21%, impulsionou a acumulação de capital do banco e abriu espaço para um aumento no pagamento de dividendos no futuro, sendo um importante impulsionador positivo para o valor das ações.

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Com sua posição como banco premium, uma avaliação atraente e exposição a uma carteira mais defensiva, o BTG Pactual reitera a recomendação de compra para as ações do ITUB4 e continua a considerá-lo uma das principais escolhas no setor financeiro.

Empiricus

Segundo a Empiricus, este momento de maior agitação no cenário doméstico têm penalizado amplamente a B3 (a Bolsa de Valores brasileira), com pouca diferenciação entre os fundamentos das empresas. Isso cria oportunidades em empresas de alta qualidade, agora disponíveis a preços promocionais.

Itaú Unibanco é um exemplo claro disso com uma ação que se destaca como defensiva e oferece um potencial de valorização interessante, embora gradual para a casa. Após a correção, a ação está sendo negociada a 7,6 vezes o seu lucro estimado para 2024 e a 1,7 vezes o seu valor patrimonial, múltiplos bastante atrativos.

O guidance (previsão) é de que o banco aumentará seu lucro em 13% este ano, alcançando um retorno sobre o patrimônio líquido de 21%. Para uma empresa que registrou um lucro de R$ 36 bilhões no ano passado, esse é um crescimento considerável, mantendo uma rentabilidade sólida.

Com o aumento do seu payout (lucros distribuídos), prevê-se que o banco distribuirá entre 50% e 60% do lucro deste ano, resultando em um dividend yield de 8,0% para 2024, com base nos preços atuais. Mesmo no pior cenário, um retorno de 8% do valor investido deve ser recebido.

Safra

O Banco Safra está mantendo o Itaú  em sua carteira. O banco é visto como o nome de maior qualidade para investir dentro do setor bancário, demonstrando um controle mais eficaz dos indicadores de qualidade de crédito em comparação com seus concorrentes.

Além disso, os múltiplos são vistos como interessantes, com um preço atual de uma ação em relação ao lucro projetado para 2024 de aproximadamente 7,0 vezes. Embora ainda esteja abaixo de sua média histórica dos últimos 10 anos, que é de cerca de 10 vezes.

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*Com informações da Agência Estado/Broadcast