Os rendimentos dos Treasuries oscilaram instáveis e ficaram sem direção única durante à tarde, após o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, indicar, em Jackson Hole, que a autoridade monetária pode voltar a subir juros, se necessário, e deve mantê-los restritivos por um tempo.
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No fim da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 2 anos subia a 5,067%, o da T-note de 10 anos caía a 4,230% e o do T-bond de 30 anos baixava a 4,283%.
Powell argumentou que o banco central americano agora está em posição para agir de maneira mais cautelosa nas próximas reuniões. “Estamos preparados para aumentar ainda mais as taxas, se for apropriado, e pretendemos manter a política num nível restritivo até estarmos confiantes de que a inflação está a descer de forma sustentável em direção ao nosso objetivo”, disse.
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Após as falas, o mercado passou a precificar de maneira majoritária a chance de pelo menos uma nova alta de juros até novembro, conforme plataforma de monitoramento do CME Group. Investidores também postergaram para junho de 2024 a expectativa por relaxamento monetário.
Na renda fixa, a reação imediata ao discurso foi de escalada dos retornos dos títulos públicos americanos, mas o quadro se acomodou ao longo das horas seguintes. À tarde, o presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker, disse considerar provável o cenário de manutenção da taxa básica daqui para frente.
O líder da regional de Chicago, Austan Goolsbee, reconheceu que a inflação ainda está elevada, apesar de progressos recentes, em posicionamento semelhante ao da presidente da distrital de Cleveland, Loretta Mester.
No computo geral, a semana foi marcada por um avanço acentuado dos rendimentos dos Treasuries, com a ponta longa em máximas de mais de uma década. “Os recentes rendimentos elevados poderão continuar a ser testados até que as persistentes surpresas positivas nos dados econômicos diminuam, à medida que a economia começa a abrandar no final do ano”, avalia a Oxford Economics.
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