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Juros dos Treasuries sobem de olho em economia americana

Em sessão de agenda esvaziada, investidores se posicionaram para dados de indústria e varejo nos EUA

Juros dos Treasuries sobem de olho em economia americana
(Foto: Envato Elements)

Os retornos dos Treasuries subiram hoje e o da T-note de 10 anos chegou a renovar máxima em nove meses. Em sessão de agenda esvaziada, investidores se posicionaram para dados de indústria e varejo nos EUA agendados para esta semana, após a leitura mais forte que o esperado do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) de julho.

No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 10 anos subia a 4,189, tendo atingido maior nível desde novembro do ano passado. Já o da T-note de 2 anos avançava a 4,964% e o do T-bond de 30 anos aumentava a 4,286%.

Na visão do BMO Capital Markets, a ausência de novas informações sobre a oferta dos títulos junto ao ambiente de baixa liquidez de agosto justificou a falta de impulsos para o preço dos títulos.

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Na visão do banco, a exceção para essa lógica foi a Pesquisa de Expectativas do Consumidor do Federal Reserve de NY, que mostrou arrefecimento nas expectativas de inflação. Segundo relatório, as expectativas para um ano caíram pelo quarto mês consecutivo, de 3,8% em junho para 3,5% em julho, sendo a menor leitura desde abril de 2021. Já a expectativa para três e cinco anos caiu de 3,0% em junho para 2,9% em julho, “também demonstrando moderação encorajadora”.

Para esta semana, o BMO avalia que o mercado de juros dos EUA continuará ponderando a influência da crescente oferta do Tesouro americano, assim como a “moderação da inflação e da resiliência do mercado de trabalho”. “As próximas semanas serão um período revelador para a direção das taxas dos EUA. Isso não se deve a nenhum dado iminente ou revelação de política monetária; na verdade, baseia-se na dinâmica oposta – um período de relativa estabilidade para o Fed e para as perspectivas econômicas”.

Segundo o Danske Bank, os rendimentos dos Treasuries sobem “devido à especulação de um Federal Reserve mais hawkish”, considerando os últimos dados de inflação ao produtor do país, mais forte que o esperado.

Na visão da Navellier, a força dos retornos da ponta curta indicam que as taxas de juros dos Estados unidos podem permanecer “desconfortavelmente” altas. Na sessão, o retorno da T-note de 2 anos chegou a se aproximar de 5%, operando na máxima intraday a 4,977%. “Isso significa que a próxima conferência da distrital do Fed de Kansas City, marcada para os dias 24 a 26 de agosto Jackson Hole, pode ser crucial, dependendo do que os dirigentes do Fed irão dizer”.

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