Luiza Trajano é a presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza (Foto: Bruno Andrade/E-Investidor)
As ações do Magazine Luiza (MGLU3) recuaram 4,85%, cotadas a R$ 7,06 por volta das 13h30 no Ibovespa hoje, refletindo a reação do mercado financeiro ao balanço do segundo trimestre de 2025 (2T25), que apresentou uma combinação de números mistos, desafios macroeconômicos e sinais de avanço em áreas estratégicas como publicidade, crédito e logística.
A companhia reportou prejuízo líquido contábil de R$ 24,4 milhões no trimestre, revertendo o lucro de R$ 23,6 milhões registrado no mesmo período de 2024. Considerando os ajustes para efeitos não recorrentes, o lucro líquido foi de apenas R$ 1,8 milhão no balanço do 2T25 – queda de 95,3% na comparação anual.
Apesar do resultado modesto na última linha do balanço, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado apresentou avanço de 2,3%, totalizando R$ 726,7 milhões, com margem de 8% – alta de 0,1 ponto percentual em relação ao ano anterior.
Segundo a empresa, o desempenho reflete o crescimento das lojas físicas, o controle das despesas e a contribuição da Luizacred, sua operação de crédito.
Vendas do Magalu no 2T25
A receita líquida do período somou R$ 9,13 bilhões, um crescimento de 1,4% sobre o segundo trimestre de 2024. Já as vendas totais ficaram em R$ 15,3 bilhões, leve queda de 0,6% na base anual.
Deste montante, R$ 4,7 bilhões vieram das lojas físicas e R$ 10,6 bilhões do e-commerce, que inclui operações próprias (1P) e de marketplace (3P).
O comércio eletrônico, embora tenha registrado retração de 2,1% no total, apresentou crescimento de 0,8% nas vendas com estoque próprio, impulsionado por produtos com ticket médio acima de R$ 1 mil.
Na opinião da BB Investimentos, o Magazine Luíza apresentou um crescimento de receita tímido, queda na rentabilidade e prejuízo, com os juros em patamares elevados afetando os números do trimestre. No mesmo horário, o Ibovespa hoje recuava 0,23%, a 136.216 pontos.