O lucro líquido consolidado da Marcopolo (POMO4) cresceu 78,6% no segundo trimestre de 2024 ante um ano antes, para R$ 250,9 milhões, com margem de 12,8%, aumento de 2,5 pontos porcentuais (p.p.) na mesma comparação.
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O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 382,3 milhões no segundo trimestre, alta de 142% em relação ao mesmo período do ano passado. Com isso, a margem Ebitda ficou em 19,5%, incremento de 8 p.p. na base anual.
De acordo com a fabricante de ônibus e carrocerias, o Ebitda foi positivamente impactado pela maior alavancagem operacional diante do aumento substancial dos volumes e da receita no trimestre, bem como pelo melhor desempenho das operações internacionais da companhia. Também houve impacto positivo da conta do resultado da equivalência patrimonial da coligada argentina Metalpar.
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Por outro lado, o indicador foi afetado negativamente, de forma não recorrente, em R$ 28,5 milhões pela provisão relativa à perda esperada de mútuo de sócio da coligada argentina Loma Hermosa, bem como em R$ 5,9 milhões pelo REFIS.
Tais motivos levaram a receita operacional líquida da companhia a registrar crescimento de 43,4% no comparativo anual, alcançando R$ 1,956 bilhão de abril a junho. Desse montante, R$ 1,257 bilhão foi proveniente do mercado interno, R$ 203,8 milhões advindos das exportações a partir do Brasil, enquanto R$ 495,9 milhões foram originados pelas operações internacionais da companhia.
A Marcopolo acrescenta que a manutenção da receita líquida refletiu também a queda de volumes nos segmentos de urbanos e micros, compensada por um melhor mix de vendas na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, quando se beneficiou das entregas de urbanos e micros direcionados ao Caminho da Escola.
Já o resultado financeiro líquido do segundo trimestre foi negativo em R$ 23,9 milhões, ante do resultado positivo de R$ 57 milhões apurado no mesmo período de 2023.
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O resultado financeiro foi afetado negativamente pela variação cambial associada à desvalorização do real frente ao dólar sobre a carteira de pedidos em dólares, além disso, a companhia também reconheceu impacto negativo de juros incidentes sobre o REFIS.
A companhia encerrou junho com um endividamento financeiro líquido de R$ 1,310 bilhão, ante R$ 1,083 bilhão ao fim de março. Desse total, R$ 844,7 milhões são provenientes do segmento financeiro (Banco Moneo), enquanto R$ 465,6 milhões são do segmento industrial, representando 0,4 vez o Ebitda dos últimos 12 meses.
Entre abril e junho, as atividades operacionais da Marcopolo geraram caixa de R$ 148,5 milhões. Por sua vez, as atividades de investimentos, líquidas de dividendos e variação cambial, consumiram R$ 93,3 milhões, e as atividades de financiamento outros R$ 194,3 milhões.