O contrato mais líquido do ouro fechou em leve baixa nesta sexta-feira (24), encerrando uma semana de queda para as cotações do metal. A postura do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), especialmente a apontada com a publicação da ata última reunião da autoridade, pressionou os preços do ouro, com a sinalização de uma política mais restritiva. Além disso, o alto nível das cotações, que vinham batendo recordes, abriu espaço para uma correção.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em alta de 0,11%, a US$ 2.334,50 a onça-troy. Na semana, houve recuo de 3,43%.
“O ouro caiu após a divulgação das últimas atas do Fed, medida esteve em linha com a reação noutros mercados financeiros, onde os comentários das autoridades foram vistos como hawkish. A afirmação de que novos aumentos das taxas não poderiam ser descartados face à inflação teimosamente elevada pode ter assustado alguns”, avalia o Commerzbank. “Contudo, desde a última reunião, os dados dos EUA tenderam a decepcionar. É, portanto, questionável até que ponto tais declarações são ‘atualizadas'”, pondera.
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“Em qualquer caso, não pensávamos que os recentes máximos históricos do ouro fossem justificados pelas perspectivas para a política monetária dos EUA. Dado o aumento das expectativas das taxas de juro nos EUA desde o início do ano, uma nova correção descendente do ouro não seria surpreendente”, afirma o banco.
Além disso, novas indicações da demanda da Ásia, das exportações de ouro suíço e das importações de ouro da China provenientes de Hong Kong, provavelmente também não sugerem o contrário: afinal, a autoridade aduaneira da China já reportou importações de ouro de 136 toneladas para abril, 30% menos que no mês anterior. “Isto pode ser visto como uma indicação de que o elevado nível de preços parece estar a restringindo a procura”, conclui o Commerzbank.