O dólar avançou nesta quarta-feira (22) ante rivais fortes, após a ata do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) indicar preocupação de dirigentes quanto ao nível de restrição dos juros e a falta de progresso da inflação. Entre emergentes, o peso chileno teve forte desvalorização contra a divisa americana, em meio a queda nos preços do cobre.
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No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 156,71 ienes. O índice DXY, que mede a divisa ante seis rivais fortes, fechou em alta de 0,26%, a 104,933 pontos.
A moeda americana recebeu impulso com a divulgação da ata do Fed. No documento, dirigentes reiteraram que não haverá redução nos juros até que haja confiança na redução sustentada da inflação à 2%, o que não parece ser o cenário atual. Os dirigentes apontaram que não houve o progresso desejado na desinflação durante o início de 2024 e apoiaram que a política monetária continue restritiva por tempo prolongado, vários deles inclusive sinalizaram apoio a novas altas dos juros, se necessário.
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O ING projeta que o dólar continuará com desempenho “neutro a bullish” no curto prazo, considerando a força da narrativa de diferencial de juros entre economias do G10. Esta perspectiva prejudicou principalmente o euro neste pregão, que caía a US$ 1,0823 no horário citado.
Já a libra inverteu sinal e apagou os ganhos obtidos mais cedo com os números acima do esperado da inflação ao consumidor (CPI, em inglês) do Reino Unido. O resultado gerou análises conflitantes: de um lado, o ING defende que o Banco da Inglaterra (BoE, em inglês) não deve alterar planos de cortar juros em junho; do outro, a Capital Economics observa que a inflação segue “teimosa” e torna “improvável”, ameaçando a possível flexibilização monetária.
A antecipação das eleições gerais do Reino Unido para 4 de julho, definidas pelo primeiro-ministro Rishi Sunak, também impulsionaram a libra, antes da ata do Fed. Na marcação, a divisa britânica tinha alta marginal a US$ 1,2715.
Entre emergentes, o dólar avançava a 908,68 pesos chilenos, pressionado pela queda de 5% do cobre neste pregão. O Chile é o maior exportador de cobre do mundo e, portanto, é relativamente sensível aos preços do metal. Em relatório, o Bank of America (BofA) também analisa que o cenário global deve favorecer em breve a valorização do peso chileno, ajudar na queda da inflação local e apoiar cortes de juros pelo BC do Chile.