O dólar se valorizou nesta terça-feira (16), apoiado por declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell. Mais cedo, porém, a moeda americana havia perdido força, após as construções de moradias iniciadas nos Estados Unidos frustrarem a expectativa de analistas. O iene, por sua vez, renovou mínimas em 34 anos, o que reforçava rumores sobre potencial intervenção de autoridades do Japão para apoiá-lo, enquanto o peso mexicano também esteve sob pressão, após ganhos recentes.
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No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 154,70 ienes, o euro recuava a US$ 1,0625 e a libra tinha baixa a US$ 1,2432. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,05%, a 106,257 pontos. Powell afirmou que dados recentes da inflação nos EUA indicam que levará mais tempo até o Fed ter a confiança necessária para cortar juros. Nesse contexto, ele disse considerar apropriado manter a política restritiva por mais tempo, para garantir que a inflação caminhará para a meta de 2%.
O mercado de trabalho, por sua vez, caminha para um maior equilíbrio, avaliou Powell. Em meio às declarações, o dólar ganhou força à tarde. Mais cedo, a moeda americana havia perdido fôlego após as construções de moradias iniciadas caírem 14,7% em março ante fevereiro nos EUA, quando analistas previam queda de 2,0%. Já a produção industrial cresceu 0,4% na mesma comparação, conforme esperado. O iene, nesse contexto, atingiu nova mínima em 34 anos.
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A Spartan Capital avalia que operadores estariam “testando a paciência” do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), que poderia intervir “a qualquer momento”. Já Mohamed El-Erian, atualmente presidente do Queen’s College e ex-CEo da Pimco, avaliou hoje no X (ex-Twitter) que a fraqueza do iene só não levou a uma intervenção de autoridades japonesas pois “ela é parte de um fortalecimento generalizado do dólar”.
De qualquer modo, El-Erian avalia que cresce a pressa por ações das autoridades, “no Japão e em outras partes”, nesse contexto. A cautela com o quadro geopolítico também continuava como foco importante, também no mercado cambial. A Oxford Economics pondera que preços mais altos do petróleo poderiam fazer o Fed manter os juros altos por mais tempo, “sobretudo se as expectativas de inflação baseadas no mercado avançarem”. Entre moedas latino-americanas, o peso mexicano estava sob pressão, em quadro de aversão ao risco.
O grupo financeiro Monex afirma que a moeda do México era pressionada pelo ambiente de incerteza geopolítica, após também o peso ter atingido máximas desde 2015, o que abria maior espaço para correção. No horário citado, o dólar subia a 17,0653 pesos mexicanos.