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MRV (MRVE3) reverte prejuízo e tem lucro de R$ 17,3 mi no 3º trimestre; veja

A receita líquida consolidada da empresa cresceu 23,6% no período em relação ao ano passado

MRV (MRVE3) reverte prejuízo e tem lucro de R$ 17,3 mi no 3º trimestre; veja
MRV. (Foto: Adobe Stock)

O conglomerado de empresas imobiliárias MRV&CO (MRVE3) teve lucro líquido ajustado consolidado de R$ 17,3 milhões no terceiro trimestre de 2024. O resultado representa uma reversão na comparação com o mesmo período de 2023, quando o grupo teve prejuízo de R$ 20,8 milhões no mesmo critério.

O desempenho foi puxado pela principal divisão de negócios do grupo, a MRV, com lucro líquido ajustado de R$ 76,2 milhões, alta de 3,4 vezes na base de comparação anual. A MRV tem conseguido ampliar receita com a venda de imóveis, combinada com o avanço na produção e recuperação da margem.

A Luggo teve lucro de R$ 900 mil, enquanto a Urba teve prejuízo de R$ 7,5 milhões. Já a Resia, empresa de locação residencial nos EUA, teve prejuízo de R$ 52,3 milhões.

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O resultado no critério ajustado exclui R$ 30 milhões em perdas contábeis (sem efeito no caixa) com o mecanismo de equity swap, referente à operação de recompra da ações da companhia mediante instrumento financeiro derivativo, além da marcação a mercado desses instrumentos e perda em venda de terreno.

Sem excluir esses efeitos, a MRV&CO teve prejuízo líquido consolidado de R$ 12,7 milhões, e a MRV, lucro de R$ 46,1 milhões (o ajuste não influenciou o resultado das outras divisões de negócios).

A receita líquida consolidada totalizou R$ 2,439 bilhões, aumento de 23,6% na mesma base de comparação, em virtude do aumento das vendas de imóveis e da evolução da produção.

A margem bruta consolidada foi de 26,4%, avanço de 3,1 pontos porcentuais. A margem bruta da operação da MRV foi de 26,6%, expansão de 3,2 pontos porcentuais, ajudada pelo aumento na receita e pela diluição de custos.

A margem estimada com o resultado dos exercícios futuros da MRV (chamada de margem REF) foi a 42,2%, avanço de 3,8 pontos porcentuais – o que aponta para uma tendência de melhora da lucratividade nos próximos balanços à medida em que a receita com a evolução das obras for apurada.

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As despesas operacionais consolidadas alcançaram R$ 403,6 milhões, aumento de 10,6%. Dentro desta linha, as despesas comerciais foram de R$ 196,2 milhões, alta de 4,3%. Já as despesas gerais e administrativas foram de R$ 121,5 milhões, alta de 17,3%, devido a provisão de bônus para a administração, algo que não aconteceu no ano passado.

O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) gerou uma despesa líquida de R$ 160,3 milhões, crescimento de 24,5% na comparação anual.

Nas operações do Brasil (MRV, Luggo e Urba), a MRV&CO fechou o trimestre com dívida líquida de R$ 2,6 bilhões, estável na comparação anual, e alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e patrimônio líquido) de 46%.

Na operação dos Estados Unidos (Resia), a dívida líquida atingiu US$ 630 milhões, alta de 17% em um ano, com alavancagem de 197%.