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Petrobras vai cortar preço do gás a partir de 1º de novembro; veja o tamanho da redução

Os contratos com as distribuidoras preveem atualizações trimestrais da parcela do preço

Petrobras vai cortar preço do gás a partir de 1º de novembro; veja o tamanho da redução
Planta da Petrobras. (Foto: Geraldo Falcão/Petrobras)

A Petrobras (PETR3; PETR4) confirmou nesta terça-feira a redução do preço do gás natural comercializado pela companhia para as distribuidoras em 1,41% contra o trimestre anterior, a partir de 1º de novembro, conforme antecipado ontem pelo diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da estatal, Maurício Tolmasquim. Os contratos com as distribuidoras preveem atualizações trimestrais da parcela do preço relacionada à molécula do gás e vinculam esta variação, para cima ou para baixo, às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio.

Para o trimestre que inicia em novembro de 2024 a referência do petróleo caiu 7,43% e o câmbio teve apreciação de 5,45%. Segundo a Petrobras, desde dezembro de 2022 o preço médio da molécula vendido às distribuidoras acumula uma redução da ordem de 18% (incluindo os efeitos da redução de 1,4% de novembro). Considerando o prêmio por performance aprovado e divulgado em maio de 2024, a redução acumulada média poderia atingir cerca de 20%, destacou a companhia.

Além da queda de preços, a empresa aprovou, este mês, uma nova carteira comercial com produtos mais competitivos para fornecimento de volumes contratados para 2025 em diante, ampliando as flexibilidades apresentadas ao mercado na carteira de 2023. “Com isso, os novos produtos seguirão diversificados em prazos (4, 5, 9 e 11 anos), indexadores, locais de entrega do gás e compromissos de recebimento, permitindo aos clientes a formação do portfólio mais adequado às suas necessidades, com 48 possibilidades de combinações entre produtos”, disse a Petrobras em nota.

Também foi criado, para todos os clientes contratados, um novo mecanismo de incentivo à demanda, com preço mais de 10% inferior aos preços atuais para consumos acima do compromisso mínimo, o que permitirá ao cliente pagar menos pelo gás, de acordo com seu consumo. “É um objetivo da Petrobras oferecer preços de gás natural competitivos para os consumidores, a fim de aumentar a demanda de gás, um insumo importante para a transição energética por emitir menos CO2 e estamos trabalhando para isso”, afirmou Tolmasquim, informando que só este ano, a Petrobras fechou contratos com volume de 20 milhões de metros cúbicos diários (m3/d) com as distribuidoras.

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Ainda de acordo com a Petrobras, a empresa ambiciona ser a escolha número 1 das empresas parceiras “e para isso trabalha com produtos competitivos, um novo canal de relacionamento com soluções construídas em processo de cocriação e analisa oportunidades conectadas com a transição energética”, ressaltou.

Competição no gás natural

Os novos movimentos são motivados também pela maior competitividade da companhia a partir do aumento da oferta de gás natural com o início de operação do Projeto Integrado Rota 3, informou a Petrobras, citando a inauguração do Complexo de Energias Boaventura, localizado em Itaboraí, no Rio de Janeiro. No Complexo opera a maior unidade de processamento de gás natural (UPGN) do País, com capacidade de produzir até 21 milhões de m³/d, e pela nova infraestrutura com capacidade de escoamento de até 18 milhões de m³/dia.

“A Petrobras (PETR3; PETR4) ressalta que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da molécula pela companhia, mas também pelo custo do transporte até a distribuidora, pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens (e, no caso do GNV – Gás Natural Veicular, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais”, explicou a estatal.