O petróleo voltou a subir nesta segunda-feira (2), se recuperando de perdas recentes, com investidores de olho nas tensões do Oriente Médio e sinais de aperto na oferta. Em dia de feriado nos EUA, a liquidez reduzida também afetou as negociações da commodity.
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O petróleo Brent para novembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de de 0,77% (US$ 0,59), a US$ 77,52 o barril. Por volta das 14h30 (de Brasília), no pregão eletrônico da New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI operava em alta de 0,64%, em dia de mercados fechados por ser feriado nos Estados Unidos, a US$ 74,02 o barril.
Os contratos mais líquidos do petróleo passaram a maior parte da sessão operando de lado, antes de ganhar força no início da tarde, em meio a sinais de aperto na oferta. Na Líbia, a petrolífera estatal National Oil Corporation (NOC) anunciou a interrupção das atividades no campo de El-Feel a pausa começa ainda hoje e não há previsão de retorno. É estimado que o campo fosse responsável pela produção de 70 mil barris por dia (bpd).
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Além da situação na Líbia, informações publicadas em uma pesquisa da Reuters sugerem que a produção de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) caiu em agosto para o nível mais baixo desde janeiro, uma queda de 340 mil bpd em relação a julho. A Rússia também informou hoje que cumpriu compromisso de reduzir produção de petróleo em agosto, como estabelecido pela Opep e aliados (Opep+).
Em nota, o Danske Bank lembra que fontes da Opep afirmaram que vão seguir com o plano de aumentar a produção de petróleo em outubro. A instituição, porém, diz que o avanço é questionado por analistas, considerando perspectivas de crescimento lento pela demanda.
Apesar da alta vista hoje, o Swissquote Bank também pontua que os preços do petróleo devem continuar sob pressão, considerando a medida da Opep+ e o lento crescimento chinês.
Neste fim de semana, dados de índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês), apesar de nuances divergentes, apontaram que a indústria da China segue em dificuldades e, para o Danske Bank, indicaram uma demanda doméstica ainda frágil no país, acompanhada pela continuidade da crise no setor imobiliário. Analistas avaliam que este quadro coloca em xeque a meta de crescimento de 5% estabelecida pelo governo chinês para 2024.
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Ainda no radar, investidores de energia monitoraram os protestos em massa em Israel, que eclodiram no fim de semana após o exército encontrar seis reféns mortos em Gaza. O movimento desencadeou uma greve geral nesta segunda-feira, com a população israelense pedindo por um cessar-fogo e retorno dos reféns, enquanto autoridades internacionais tentam acelerar um acordo entre Israel e Hamas.