Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta robusta, impulsionados pelo enfraquecimento do dólar ante rivais, que reagiu ao discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. Além disso, do lado da oferta, preocupações com as consequências de um forte terremoto na Turquia continuam, apesar de terem arrefecido nesta terça-feira (07).
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março fechou em alta de 4,09% (US$ 3,03), a US$ 77,14 o barril, enquanto o Brent para abril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 3,33% (US$ 2,07), a US$ 83,69 o barril.
Powell reafirmou que os EUA estão nos estágios iniciais de desinflação e que 2023 deve ser um ano de quedas significativas de inflação. Por outro lado, o banqueiro central disse que, caso a economia dos Estados Unidos continue dando sinais fortes, a autoridade terá de seguir elevando as taxas de juros no país.
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Além disso, a Turquia declarou hoje estado de emergência por três meses nas regiões atingidas pelo terremoto, que matou mais de 5.150 pessoas. Segundo o The Wall Street Journal, um petroleiro atracou no terminal petrolífero turco de Ceyhan, sugerindo que as exportações de petróleo do porto estavam prestes a reabrir.
Para a Capital Economics, o impacto provocado na economia da Turquia pelo terremoto no país deve ser apenas de “curta duração”, visto que os principais gasodutos e refinarias de petróleo da região atingida continuam funcionando normalmente e todos os portos permanecem abertos. O analista da Oanda Edward Moya, por sua vez, comenta que o óleo pode subir um pouco mais, já que muitos traders de energia ainda estão tentando descobrir o quão robusta será a reabertura da China neste trimestre.
O Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos divulgou relatório mensal hoje em que projeta que a demanda global de petróleo deve aumentar em 1,1 milhão de barris por dia em 2023, impulsionada pelo crescimento da China e outros países que não integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE). Para 2024, a demanda seria de 1,8 milhão de barris por dia, analisa o órgão em relatório mensal divulgado hoje. No entanto, o DoE alerta que os resultados dessa projeção ainda são incertos considerando a fase inicial de reabertura da China e desenvolvimento das condições econômicas globais.