O petróleo fechou ao redor da estabilidade nesta terça-feira (14), em pregão volátil, após ter passado parte da sessão em alta após desaceleração do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos EUA, mas pressionado pelas expectativas de que a guerra do Oriente Médio não seja tão duradoura quanto o esperado no início do conflito.
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou estável, a US$ 78,26 o barril, enquanto o Brent para o janeiro de 2024 negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em leve queda de 0,06 (US$ 0,05), a US$ 82,47 o barril.
O Julius Baer alerta que os preços do petróleo vêm caindo recentemente devido à atenuação das incertezas sobre a guerra no Oriente Médio, visto que o conflito apresenta características de um “choque temporário”. “É claro que a situação merece atenção, mas os atores hegemônicos da região se envolveram na diplomacia e não na ação militar”.
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O banco alemão aponta que, para 2024, a fraqueza dos preços deverá persistir, “à medida que a produção aumenta gradualmente, enquanto o consumo entre os principais consumidores fica estagnada”.
Ainda, a desaceleração além do esperado do CPI americano, tanto na leitura mensal quanto anual, até ajudou a elevar os preços do petróleo após o dado, mas o fôlego não conseguiu manter a commodity em alta. A Amerivet destaca que os números do CPI não são suficientes para baixar a inflação até 2%. Já para a Capital Economics, o indicador “aniquila qualquer chance restante de uma alta em dezembro nos juros” pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).
Também hoje, a Agência Internacional de Energia (AIE) elevou projeção de alta na oferta global da commodity para 2023, apesar de ter cortado para 2024 e de também ter elevado sua previsão de avanço da demanda global em 2023 e 2024. Ainda, a instituição destacou que os Estados Unidos e o Brasil devem ser os principais contribuintes para o aumento da oferta global do petróleo em 2023, seguindo uma demanda melhor que a esperada.