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PIB do 1º trimestre de 2024 surpreende; veja o que dizem os especialistas

Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, o PIB apresentou alta de 2,5% no primeiro trimestre de 2024

PIB do 1º trimestre de 2024 surpreende; veja o que dizem os especialistas
Juros. Imagem: Adobe Stock.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou alta de 0,8% no primeiro trimestre de 2024 ante o quarto trimestre de 2023, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio acima da mediana de 0,7% das estimativas do mercado financeiro, que eram de avanço entre 0,4% e 1,2%, segundo o Projeções Broadcast. Ainda segundo o instituto, o PIB do primeiro trimestre de 2024 totalizou R$ 2,7 trilhões.

Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, o PIB apresentou alta de 2,5% no primeiro trimestre de 2024, também acima da mediana de 2,3% das estimativas, que variavam de uma elevação de 1,1% a 2,9%.

O PIB da indústria caiu 0,1%, na comparação trimestral. Ante o primeiro trimestre de 2023, mostrou alta de 2,8%. O PIB da agropecuária subiu 11,3% em relação ao trimestre imediatamente anterior e caiu 3% na comparação anual. Já o de serviços subiu 1,4% ante o quarto trimestre de 2023 e 3% ante um ano antes.

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O indicador do quarto trimestre de 2023 foi revisado. Ante um trimestre antes, passou de 0,0% (estabilidade) para queda de 0,1%. O órgão também revisou a taxa do PIB do terceiro trimestre de 2023 ante o segundo trimestre daquele ano, que também passou de estabilidade (0,0%) para alta de 0,1%.

O mesmo aconteceu com o valor antes divulgado para o PIB do segundo trimestre de 2023 ante o primeiro trimestre do ano passado, que foi alterado de alta de 0,8% para alta de 0,9%. Por fim, o IBGE também alterou o PIB do primeiro trimestre de 2023 ante o quarto trimestre de 2022, com revisão do então crescimento de 1,3% para alta de 1,2%.

O que dizem os especialistas

O desempenho do PIB no primeiro trimestre reforça a visão de atividade forte este ano, afirma o Bradesco. “O resultado reforça a nossa visão de um crescimento acelerado em 2024, liderado pelo consumo, que é reflexo do mercado de trabalho bastante dinâmico”, afirma o Bradesco.  “Os investimentos são a notícia positiva, e indicam que o crescimento tendencial da economia pode ser um pouco maior do que o consenso.”

A XP Investimentos, após a surpresa para cima, retirou o viés baixista da projeção de crescimento de 2,2% para a atividade econômica em 2024. “Nós mantemos, porém, a projeção de alta de 2,2%, porque de um lado houve surpresa altista com o primeiro trimestre, mas de outro há o impacto da tragédia do Rio Grande do Sul”, explica o economista Rodolfo Margato.

O resultado do primeiro trimestre mostrou, pelo lado da demanda, um “ambiente interno privado aquecido”, avalia o economista do PicPay Igor Cadilhac, em nota. “Do lado da oferta, com exceção da indústria (-0,1%), os setores apresentaram expansão na margem. Os serviços, que têm o maior peso, foram impulsionados pelo comércio (3%) e pelas atividades imobiliárias (1%), e cresceram 1,4%. Já a agropecuária, que representa cerca de 8% da economia do Brasil, se beneficiou da safra sazonal do primeiro trimestre e avançou 11,3%”, detalha Cadilhac. O PicPay não alterou sua projeção para o crescimento do PIB no ano, que segue em 2,1%.

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A surpresa para cima com a despesa de consumo das famílias e com a despesa de consumo do governo indicam que as medidas de impulsos fiscais injetadas pelo governo tiveram um efeito mais expressivo do que se imaginava no PIB do primeiro trimestre, avalia o economista da Pezco Helcio Takeda