O C6 Bank encerrou o primeiro semestre deste ano com prejuízo ajustado de R$ 285,316 milhões, perda 51% menor que a da primeira metade do ano passado. De acordo com o banco, os números mostram uma melhoria sólida da operação, que teve prejuízo superior a R$ 2 bilhões em 2022 diante do aumento da inadimplência da carteira de crédito.
Leia também
O C6 afirma que o resultado ajustado considera os números do conglomerado prudencial, mais itens de receita e despesa que são reconhecidos diretamente no patrimônio líquido. Isso explica a diferença dos números para os vistos nas demonstrações não ajustadas, segundo as quais o banco teve prejuízo de R$ 1,066 bilhão, mais que o dobro do registrado um ano antes.
O balanço foi publicado dias após o JPMorgan Chase anunciar um aumento da fatia que possui do C6, de 40% para 46%. Os termos financeiros da transação não foram anunciados, e o balanço também não traz maiores detalhes.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
A receita líquida do C6 aumentou 61,2% em um ano, para R$ 2,645 bilhões na primeira metade deste ano. As despesas com provisões contra a inadimplência, por sua vez, aumentou em 65,7%, para R$ 1,221 bilhão. Segundo o banco, a maior parte do crescimento está associado ao aumento da carteira de crédito, enquanto a provisão efetivamente ligada à piora da qualidade dos ativos subiu 7,6%.
Em outras despesas operacionais, o banco apurou R$ 1,674 bilhão, alta de 19,9% em um ano. Em relação ao segundo semestre do ano passado, a linha caiu 1,7%. No início deste ano, o C6 fez um ajuste na estrutura, com a demissão de centenas de funcionários após reestruturar equipes. Movimento parecido foi feito por outros bancos nascidos no mundo digital.
A carteira de crédito do C6 aumentou 77,1% em um ano, para R$ 38,393 bilhões, e o banco não detalha a composição do montante. A inadimplência, medida por atrasos acima de 90 dias, foi de 4,3%, 0,3 ponto porcentual menor que em junho de 2022, e 1 ponto porcentual abaixo da registrada em dezembro do ano passado.
Ao todo, a instituição tinha R$ 37,060 bilhões em depósitos no final do primeiro semestre, um aumento de 93,5% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. A maior parte do total, ou R$ 31,363 bilhões, estava em captações a prazo, cuja composição exata também não é detalhada.
Publicidade
O índice de Basileia, que mede a folga nos índices de capital do banco para emprestar, era de 12,5% no final do primeiro semestre, baixa de 8,9 pontos porcentuais em um ano. O C6 afirma que o número já considera o impacto da resolução 229 do Banco Central, que entrou em vigor em julho. Sem ela, o índice seria de 11,4%.