Banco Safra escolhe empresas preferidas no varejo alimentar; saiba quais

Por Marcela Villar

25/10/2023 | 15:38 Atualização: 25/10/2023 | 15:40

Prejuízo reportado pelos supermercados no 4º trimestre de 2023 reverte o lucro líquido de R$ 426 milhões do mesmo período de 2022. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O banco Safra tem uma avaliação positivo para as empresas varejistas de alimentos Grupo Mateus (GMAT3) e Assaí (ASAI3), com recomendação outperform (equivalente a compra), e neutra para Carrefour (CRFB3). Segundo o banco, o Assaí é a nova melhor opção de compra do setor, por ter menor exposição a subsídios fiscais de imposto de renda relacionados a vendas.

Para o Safra, discussões sobre os incentivos fiscais e o fim do Juros sobre Capital Próprio (JCP), assim como as curvas de rendimento e o cenário macroeconômico trouxeram volatilidade ao setor. O que tem maior impacto nos lucros são os subsídios oferecidos pelos governos, que devem reduzir os lucros do Grupo Mateus em 36% em 2024 e o preço-alvo em 23%. Já o impacto para o Assaí será de -21% e -12%, respectivamente.

“Estamos colocando o Assaí como a nossa principal escolha no setor, embora reconheçamos a dinâmica mais forte dos lucros do Grupo Mateus”, diz um trecho do relatório, divulgado na última terça-feira, 24.

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Segundo o documento, assinado pelo analista Vitor Pini, o Assaí é uma das recomendações mais fortes – não só no subsegmento de varejo alimentar – porque combina crescimento, com a abertura de novas lojas, uma melhora gradual na margem de lucro, com a consolidação das unidades, e desalavancagem, o que resulta em um “forte crescimento do EPS (lucro por ação)”.

O Safra mudou os preços-alvo e reconsiderou incorporações recentes de empresas, além de adotar nova abordagem para os subsídios fiscais relacionados ao pagamento de JCP, com a exclusão do subsídio a partir de 2024.

A expectativa é que a receita do Assaí cresça 18% em 2024 e que a do Grupo Mateus aumente 26%, por conta da expansão das lojas. Já a expansão do Carrefour será limitada em 9%, porque a empresa ainda deve focar na integração com o Grupo BIG, compra concluída pela rede francesa em junho de 2022.

O banco elevou o preço-alvo de Assai de R$ 17 para R$ 19 e do Grupo Mateus de R$ 8,7 para R$ 9, o que representa um potencial de alta de 77% e 47,3% sobre o último fechamento, respectivamente.

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