A Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) devem se beneficiar de um cenário de preços mais altos para a celulose, que atingiu níveis elevados e surpreendeu até os mais otimistas, avaliou o BTG Pactual em relatório divulgado nesta quarta-feira (3). O banco prevê que as duas empresas terão um aumento de cerca de 20% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) trimestralmente.
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“Há espaço para um desempenho contínuo no grupo [Suzano e Klabin] à medida que os investidores lidam com um real mais fraco e com a decisão da Suzano de se afastar do complicado acordo com a International Paper”, disseram os analistas Leonardo Correa e Caio Greiner em relatório.
O banco recomenda compra para as ações da Suzano, com um Ebitda projetado de R$ 5,827 bilhões para o segundo trimestre de 2024. Para as ações da Klabin, a recomendação é neutra, com um Ebitda inicialmente esperado de R$ 2,067 bilhões pelo banco.
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Apesar de reconhecerem os ganhos impulsionados pelo aumento dos preços da celulose nos últimos meses, os analistas destacaram no relatório que surgiram alertas, especialmente na China, indicando uma possível queda futura nos preços da commodity.
Esses alertas referem-se ao mercado de revenda de celulose, que começou a mostrar preços próximos a US$ 100 a tonelada abaixo do preço de lista, sinalizando uma potencial redução nos preços na China a partir do segundo semestre de 2024. No entanto, os analistas observam que essa correção ocorrerá a partir de uma base muito alta.