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Treasuries fecham mistos após falas de dirigentes do Fed

Outra pesquisa do BC americano, também divulgada hoje, revelou um aperto geral nas condições de crédito

Treasuries fecham mistos após falas de dirigentes do Fed
(Foto: Envato Elements)

Os juros dos Treasuries operavam sem direção única nesta segunda-feira, enquanto investidores digeriam novos sinais de política monetária do Federal Reserve (Fed). De um lado, os dirigentes Tom Barkin (Richmond) e John Williams (Nova York) reforçaram tom cauteloso sobre perspectivas de cortes de juros. Do outro, um relatório do BC americano revelaram deterioração no ambiente de crédito.

No fim da tarde,o juro da T-note de 2 anos subia a 4,830%, o da T-note de 10 anos caía a 4,488% E o do T-bond de 30 anos recuava a 4,641% Os juros dos Treasuries operaram voláteis neste pregão, começando em queda ao longo da curva e recuperando-se ao longo da manhã, antes da ponta longa retornar ao negativo.

Investidores ponderavam sobre sinais divergentes sobre a política monetária do Fed. Hoje, Barkin afirmou que o mercado de trabalho forte dos Estados Unidos e dá tempo ao BC americano para ganhar confiança na trajetória de queda da inflação, mantendo os juros no nível atual. Já Williams reconheceu a probabilidade de eventuais cortes de juros, mas também reforçou que o Fed está “bem posicionado” para aguardar por mais dados.

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Diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva também apontou como positiva a resiliência do mercado de trabalho dos EUA e demonstrou confiança na trajetória de queda da inflação rumo à meta no país e em outras economias globais. No entanto, a autoridade criticou o ritmo atual da dívida americana.

Em um dos seus relatórios divulgados hoje, o Federal Reserve apontou que o ritmo esperado para alta nos preços de imóveis nos EUA acelerou em 2024, com a expectativa média em 12 meses atingindo a segunda maior leitura da série histórica. Outra pesquisa do BC americano, também divulgada hoje, revelou um aperto geral nas condições de crédito e menor demanda por empréstimos para empresas, indústrias e setor imobiliário no primeiro trimestre de 2024.

Na visão da Oxford Economics, o resultado mostra um ambiente menos favorável e incerto para bancos, com maior aversão ao risco e aperto no crédito, apesar da expectativa por eventuais cortes de juros do Fed. Em nota, o BMO prevê que esta semana não deve ter grandes catalisadores para os rendimentos americanos, com o destaque recaindo para os dados de inflação dos EUA na semana que vem.