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UBS eleva recomendação da Vale (VALE3) para compra; entenda os motivos

A avaliação ocorre na esteira da expectativa de que a empresa faça um acordo final para a Samarco este ano

UBS eleva recomendação da Vale (VALE3) para compra; entenda os motivos
Foto: Fabio Motta/Estadão)

O UBS elevou a recomendação da Vale (VALE3) de neutra para compra e subiu o preço-alvo de US$ 13 para US$ 15 por American Depositary Receipt (ADR), o que representa um potencial de valorização de 19,14% sobre o fechamento de segunda-feira (6).

“Acreditamos que o risco-recompensa geral para Vale melhorou [após a ação acumular queda de 28% desde o início de 2023], com o desempenho operacional forte até abril e algumas das principais preocupações envolvendo ESG prestes a se moderar”, afirmam os analistas Myles Allsop, Daniel Major, e Lachlan Shaw, em relatório enviado a clientes.

A avaliação ocorre na esteira da expectativa de que a Vale alcance um acordo final para a Samarco até junho ou julho de 2024, após mais de três anos de negociações. “Ainda há uma incerteza significativa em torno disso após a proposta de US$ 25 bilhões ter sido rejeitada pelos governos federal e do Espírito Santo (não por Minas Gerais); no entanto, observamos que a Vale e seu parceiro expressaram o desejo de resolver isso no primeiro semestre de 2024″, ponderam os analistas.

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Segundo o UBS, a gestão da mineradora também parece confiante de que outros problemas (concessão ferroviária, licenças em Sossego e Onça Puma) podem ser resolvidos nos próximos meses. Além disso, os riscos envolvendo sucessão do CEO parecem moderados, com o conselho seguindo o Estatuto e sendo transparente.

O time do UBS estima que a Vale gere um rendimento de fluxo de caixa livre (FCF) de aproximadamente 10%, considerando um preço do minério de ferro a US$ 100 por tonelada e pós-pagamentos sobre acordo final para Samarco. “Esperamos que a Vale mantenha uma disciplina de capital e devolva o excesso de caixa aos acionistas”, afirma.

O UBS destaca ainda que a Vale teve uma performance inferior ante pares como Rio Tinto (em -25%) e Fortescue Metals Group (em -45%) desde o início de 2023.