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A empresa reportou um lucro líquido de R$ 50,4 milhões no terceiro trimestre de 2025, o que representa queda de 72,7% em relação ao mesmo período de 2024. O resultado, segundo o Citi, foi “fraco, mas dentro das expectativas”, ficando ligeiramente abaixo da projeção de R$ 55 milhões feita pelo banco.
“A elevação dos custos, impulsionada pela expansão das vendas de seminovos, compensou em parte o ganho operacional”, destacaram os analistas.
Apesar da expressiva queda no lucro, a receita líquida da locadora de caminhões e máquinas pesadas cresceu 25,2% na comparação anual, atingindo R$ 1,53 bilhão, número em linha com a projeção do Citi e acima do consenso de mercado de R$ 1,50 bilhão. O desempenho foi impulsionado pelo recorde de receita da divisão de serviços da Vamos Locação, que compensou parcialmente a retração nas vendas de ativos e o enfraquecimento do braço industrial.
O Ebitda (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) ajustado somou R$ 895 milhões, avanço de 3,7% em relação ao terceiro trimestre do ano passado e praticamente em linha com os R$ 900 milhões esperados pelo Citi. O analista Filipe Nielsen ressaltou que a companhia obteve “a maior taxa de utilização de frota desde 2024”, após reduzir o ritmo de compra de novos ativos, o que contribuiu para preservar o caixa e diminuir a alavancagem financeira.
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Ainda assim, o desempenho operacional mais contido se refletiu no fluxo de caixa livre, que ficou em R$ 70 milhões, bem abaixo dos R$ 184 milhões previstos pelo Citi. O capex líquido da frota, descontadas as vendas de ativos, foi de R$ 210 milhões, inferior à estimativa de R$ 387 milhões. Essa redução, no entanto, ajudou a diminuir a alavancagem para 3,3 vezes a dívida líquida sobre o Ebitda dos últimos 12 meses, frente a 3,4 vezes no trimestre anterior.
De acordo com a Vamos, essa trajetória reflete uma melhor geração orgânica de caixa, tanto operacional quanto pela desaceleração das compras de ativos, beneficiada pela estratégia de estender contratos sem a necessidade de novas aquisições. A empresa também informou que houve uma redução da dívida líquida pela primeira vez em oito trimestres, o que a fez alcançar o guidance de alavancagem previsto para 2025.
Mesmo reconhecendo os sinais de enfraquecimento nos lucros, o Citi avaliou que “os números continuam apontando na direção correta”, devido à melhora no uso da frota, ao menor investimento em novos caminhões e à tendência de redução da dívida. Por isso, o banco mantém recomendação neutra para as ações da Vamos, com preço-alvo de R$ 3,80, o que implica um potencial de valorização de 0,8% em relação ao fechamento anterior.
*Com informações do Broadcast
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