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O que motiva a queda das ações das varejistas? XP Investimentos explica

A corretora acrescenta que a temporada de resultados do terceiro trimestre de 2023 deve mostrar dados fracos

O que motiva a queda das ações das varejistas? XP Investimentos explica
(Foto: Envato Elements)

As ações das varejistas registram quedas expressivas nos últimos dias, motivadas por um cenário macroeconômico desafiador e pelo endividamento e inadimplência das famílias, o que compromete o consumo. Além disso, as discussões recentes relacionadas à tributação dos benefícios fiscais do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) podem prejudicar a projeção de lucro das empresas, afastando os investidores, de acordo com relatório da XP Investimentos.

O analista de Varejo, Gustavo Senday, acrescenta ainda os resultados trimestrais mais fracos das empresas, impactados pela demanda mais desafiadora que o esperado, estoques em níveis mais elevados ou alto nível de endividamento.

Uma pesquisa recente da corretora com investidores institucionais mostrou que o sentimento quanto ao setor se deteriorou, se traduzindo em um “posicionamento leve” nas ações em Bolsa. “A pesquisa mostrou também que a melhora de resultados é um fator chave para destravar maiores investimentos”, escreveu.

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A performance média das empresas de varejo que fazem parte do Ibovespa é negativa em 15,6% no ano. Magazine Luíza (MGLU3), Casas Bahia (BHIA3) e Lojas Renner (LREN3) acumulam quedas de 41%, 79% e 38%, respectivamente.

A XP acredita que a temporada de resultados do terceiro trimestre de 2023 deve mostrar dados fracos. Entretanto, as empresas voltadas para alta renda devem apresentar uma dinâmica de crescimento mais resiliente, assim como o varejo farmacêutico, enquanto o comércio de alimentos enfrentará dificuldades em decorrência da deflação. O cenário é desfavorável também para empresas de e-commerce, pela demanda retraída de bens duráveis.

De acordo com o relatório, apesar da cautela com o setor, alguns fatores podem contribuir para resultados melhores no quarto trimestre, como o clima mais quente por conta do fenômeno El Niño, favorecendo vendas de vestuário; maior número de dias úteis na comparação com 2022, quando tivemos Copa do Mundo e eleições; avanço do Programa Desenrola, que pode aliviar o endividamento dos consumidores; e continuidade do processo de queda de juros e desaceleração inflacionária no Brasil.

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