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O mês de junho dá as caras em meio a um tom mais negativo entre os principais mercados internacionais, ainda que as quedas das bolsas europeias e dos índices futuros de Nova York não sejam muito expressivas. Como pano de fundo, aparentemente, está a intensificação das tensões comerciais globais e a incerteza geopolítica, depois que China e Estados Unidos se acusaram mutuamente de violarem o acordo comercial concluído no mês passado.
Em outros mercados, o dólar cai frente à maioria das moedas, os rendimentos dos Treasuries – títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano – avançam ao longo de toda a curva, com salto mais expressivo nas taxas de 10 anos.
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Já entre as principais commodities (matérias-primas), os contratos futuros do petróleo avançam, reagindo ao aumento da produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) menor que o previsto e a uma série de ataques em toda a Rússia pela Ucrânia, utilizando drones para atingir aeroportos estratégicos, enquanto os preços futuros do minério de ferro atingiram a mínima de um mês, diante do plano do presidente americano Donald Trump de aumentar impostos sobre o aço importado.
Tal ambiente, somado a fatores intrinsicamente domésticos, sugere um início de semana mais pressionado para os ativos locais. Por exemplo, a agência internacional de classificação de riscos Moody’s alterou a perspectiva do Brasil de positiva para estável e afirmou a classificação da dívida externa de longo prazo em Ba1, um nível abaixo do grau de investimento.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu a bandeira tarifária vermelha 1 para junho, em uma decisão tomada em razão da previsão de redução na geração hidroelétrica –dois eventos que combinados devem resultar na adição de prêmios ao longo de toda a nossa curva de juros futuros.
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Agenda econômica
Brasil
Para começar a semana, foram divulgados o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) de maio (8h), o Boletim Focus do Banco Central (8h20), além do Índice de Gerentes de Compras (PMI) industrial do mês de maio que será divulgado às 10h.
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Nos próximos dias são esperadas a produção industrial (PIM) de abril, amanhã, bem como a balança comercial na quinta-feira e o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), na sexta-feira.
EUA
Destaque para a participação de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em um evento hoje (14h). Nos próximos dias as atenções devem recair sobre os dados de emprego da maior economia do mundo no mês de maio, em especial na publicação do payroll, o relatório dos EUA sobre folha de pagamento de setores não-agrícolas do país, prevista para sexta-feira (6).
Europa
O Banco Central Europeu (BCE) anuncia a sua decisão de política monetária na quinta-feira (5).
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