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- Em relação às eleições, os investidores estrangeiros entendem que o ano de 2022 deve ser de alta volatilidade
- A dúvida, de acordo com a equipe da XP, é como será a gestão fiscal no próximo mandato presidencial
Investidores estrangeiros estão cautelosos em relação ao Brasil, mas olhando para oportunidades, em vez de estarem correndo para a porta de saída. A avaliação é do estrategista-chefe da XP Investimentos, Fernando Ferreira, e do economista-chefe do grupo, Caio Megale.
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Após se reunirem com mais de 30 investidores no Estados Unidos na última semana, eles afirmaram que as eleições de 2022 e a economia foram os temas mais debatidos nos encontros, em relatório a clientes.
“Em relação às eleições, os investidores estrangeiros entendem que o ano de 2022 deve ser de alta volatilidade”, com a maioria, por ora, avaliando ser difícil um cenário sem uma disputa entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno, afirmaram.
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Esses investidores também atribuem por enquanto uma baixa probabilidade para um candidato da terceira via.
A dúvida, de acordo com a equipe da XP, é como será a gestão fiscal no próximo mandato presidencial, em particular diante da queda da credibilidade no teto dos gastos imposta pelo debate da PEC dos Precatórios. Em relação à economia, disseram, muitos questionaram se o Brasil enfrentará uma recessão em 2022.
Apesar da cautela, a XP afirma que isso não se traduz em uma vontade dos estrangeiros em se desfazer de ativos brasileiros, pelo menos por enquanto. E isso é referendado pelo fluxo externo para o segmento Bovespa – positivo em R$ 57 bilhões em 2021 até o dia 17 de novembro (excluindo IPOs e follow-ons).
Entre as razões para tal comportamento, eles citam forte fluxo para ações globais no ano em 2021, redução de alocações para ações chinesas e valuation barato das ações brasileiras.
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“A pergunta mais comum que recebemos é o que comprar e onde investir no Brasil nesse cenário turbulento”, disse a equipe da XP, acrescentando que, em relação à Bolsa, há um sentimento entre os estrangeiros de que está difícil encontrar setores e papéis mais protegidos no atual cenário turbulento.
“Observamos que os investidores estrangeiros têm receios em relação aos dois principais papéis do setor de commodities, Petrobras (política de preços) e Vale (preços de minério fracos)”, citaram.
Além disso, acrescentaram, os papéis de maior “qualidade”, que parecem ser posições de maior consenso entre os investidores, estão entre os que mais sofreram recentemente, como Natura&Co, Locaweb, Magazine Luiza, entre outros.
“Nesse cenário, o setor de bancos parece ter um interesse razoável entre os investidores. Ressaltamos Banco do Brasil como nossa posição favorita no setor, e preocupações com os outros bancos privados (Itaú Unibanco, Santander Brasil e Bradesco), principalmente em um cenário macro mais desafiador em 2022.”
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