O que este conteúdo fez por você?
- Em almoço com assessores de investimento e gestores, o pré-candidato do Podemos, o ex-juiz Sergio Moro, criticou o mercado por entender que uma gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não seria ruim para o Brasil.
- Stuhlberger destacou que Lula assumiu em 2003 com uma dívida bruta (excluindo as reservas) de 60% do Produto Interno Bruto (PIB) e entregou para a Dilma Rousseff a dívida bruta em 40% do PIB
- Sobre o exterior, o gestor disse que a elevação dos juros nos Estados Unidos, que ficou muito tempo em níveis extremamente baixos, pode fazer um "estrago grande" no mercado de capitais
Altamiro Silva Junior – O sócio fundador e presidente da Verde Asset Management, Luis Stuhlberger, acredita que os estrangeiros e o mercado não têm opinião negativa do Lula, que mostrou certa responsabilidade fiscal em seu governo, apesar de ser de esquerda. “Não acho provável termos um governo populista”, disse durante evento do BTG Pactual, falando que acredita mais em mudança de paradigma do que foi feito entre 2016 e 2021. Ontem, em almoço com assessores de investimento e gestores, o pré-candidato do Podemos, o ex-juiz Sergio Moro, criticou o mercado por entender que uma gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não seria ruim para o Brasil.
Leia também
O gestor destacou que Lula assumiu em 2003 com uma dívida bruta (excluindo as reservas) de 60% do Produto Interno Bruto (PIB) e entregou para a Dilma Rousseff a dívida bruta em 40% do PIB. “Não será legado que ele não foi responsável”, disse em evento do BTG.
Ao mesmo tempo, para a esquerda, o Estado é o motor do PIB. Isso ajuda a embaralhar as avaliações do mercado. Assim, o mercado olha o governo Lula como um governo em que o Estado vai gastar. “Porém, não acho que o mercado está recebendo isso muito mal, se isso for feito responsavelmente.”
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Sobre o exterior, Stuhlberger disse que a elevação dos juros nos Estados Unidos, que ficou muito tempo em níveis extremamente baixos, pode fazer um “estrago grande” no mercado de capitais. Para ele, as taxas longas estão distorcidas hoje e podem não sinalizar o que virá pela frente de aumento de juros pelos bancos centrais.
A maior preocupação global no mundo, disse Stuhlberger, é que não haveria empregos para todas as pessoas. Mas o que se vê hoje nos EUA é o inverso, com as taxas voltando para níveis perto do pleno emprego.