Educação Financeira

Mira: “Fundo Verde fez por merecer a atenção que recebe do mercado”

Especialistas discutiram as opções de fundos de investimentos na última live da Maratona de Finanças 2022

Mira: “Fundo Verde fez por merecer a atenção que recebe do mercado”
Eduardo Mira, analista CNPI do Me Poupe!. Foto: Divulgação/ Me Poupe!

O Fundo Verde, da asset de mesmo nome, é considerado um dos maiores fundos de investimentos do Brasil. Criado na década de 1990 por Luis Stuhlberger, o fundo acumulava uma rentabilidade de quase 19.000% até 2021.

Bons resultados, knowhow e experiência de anos, além de credibilidade no mercado, fez com que o Fundo Verde fosse cotado como uma das melhores opções de fundos de investimentos disponíveis para o investidor na conversa entre especialistas organizada, nesta quinta-feira (3), pelo E-Investidor e mediada pela editora do site, Geovana Pagel.

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Para Eduardo Mira, do Me Poupe!, os resultados falam por si só. “O Fundo Verde fez por merecer a atenção que recebe do mercado. Eles tem um resultado muito consistente, com resultados muito bons para um baixo risco” afirma.

Além de Mira, estiveram presentes Vânia Andrade da Ágora Investimentos e Dan Kawa, da TAG Investimentos, na conversa “Escolhendo um bom fundo de investimento”, que encerrou a semana da Maratona de Educação Financeira – programação do E-Investidor que incluiu lives com especialistas do mercado financeiro, entrevistas, reportagens especiais e conteúdos multiplataformas para o investidor aprender a cuidar melhor do seu dinheiro e investir com confiança.

Os fundos de investimento, pauta do dia, funcionam como uma forma de investimento “coletivo”, onde todos os investidores pagam as mesmas taxas e têm direito à mesma rentabilidade – independente do valor alocado.

Esses fundos podem ser abertos quando o investidor aloca e resgata os recursos em uma corretora, no valor que desejar; ou fechados, quando, para investir, é necessário negociar os ativos com outros investidores no home broker.

Para os especialistas, a vantagem desse tipo de investimento é que há um gestor profissional e uma equipe responsáveis por tomar as melhores decisões visando bons resultados. “Se a pessoa não tem tempo para dedicar aos estudos, o fundo é uma excelente opção”, afirma Mira, do Me Poupe!.

Como escolher?

Existem centenas de opções de fundos de investimento no mercado. Para escolher onde alocar os recursos, o investidor precisa ter em mente os objetivos e metas que quer atingir, além do tempo que pretende deixar os recursos investidos.

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Kawa, que também é colunista do E-Investidor, explica que não há uma resposta única. “É preciso entender qual seu perfil de investidor. Depende da sua necessidade de liquidez, sua idade e fase da vida, e os objetivos ao longo dos anos. Todas as opções de fundos são boas e eficientes a depender do seu objetivo”, afirma.

Outro ponto importante é não apostar apenas em um fundo de investimento: a diversificação da carteira ajuda a proteger o investidor dos riscos, diz Andrade, da Ágora. “O ponto mais importante é buscar a diversificação por classe de ativo de acordo com seu perfil de investidor, de forma a colocar na carteira ativos que se comportam de maneira diferentes. É uma descorrelação, buscando equilíbrio com o cenário para mitigar o risco”, explica.

É preciso ainda ficar atento às pegadinhas comuns no mercado financeiro, que também valem nos investimentos nos fundos. “Rentabilidade passada não é garantia nem sinônimo de rentabilidade futura”, alerta Mira.

Como ficam os fundos com a nova Selic

Na quarta-feira (2), o Copom elevou pela oitava vez consecutiva a taxa básica de juros do Brasil. A Selic passou de 9,25% para 10,75% – a primeira vez na casa dos dois dígitos desde 2017.

Dessa vez, porém, analistas do mercado financeiro acreditam que o reajuste de 1,5% anunciado pelo Banco Central não deve impactar tanto nos investimentos, que já precificaram a alta dos juros. Nos fundos de investimentos não deve ser diferente.

Kawa explica que o impacto da alta de juros foi sentido principalmente no segundo semestre de 2021, ano em que a Selic subiu bruscamente de 2% para 9,25%. Agora, na visão do especialista, a nova alta já estava precificada. “O mercado está sempre pensando três ou quatro meses na frente”, explica.

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Para Mira, do Me Poupe, embora a Selic em alta não seja um bom indicativo para a economia – já que reflete uma alta inflação e impacta na atividade econômica do país – o cenário não é tão determinante na hora de investir em um fundo de investimento.

Para Mira, o importante é escolher bem um gestor: “Você tem que fugir de fundos onde o gestor não é competente, mas isso independe do momento. Não importa se a Selic está alta. O fundo de um bom gestor sempre vai valer a pena, independente do momento de mercado”, afirma.