Aramis Merki II – “O ano da convergência” para o mercado de criptoativos foi 2021, na análise de Daniel Cunha, vice-presidente executivo de desenvolvimento corporativo da holding 2TM, dona do Mercado Bitcoin. “Já não temos dúvida que o universo cripto e o mercado financeiro não são paralelos. Sabe-se a importância do blockchain, por exemplo, para a tecnologia de infraestrutura”, disse em evento promovido pelo Portal do Bitcoin nesta quinta-feira (31).
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Cunha considera que as criptos estão entrando no ‘mainstream’, mas a evolução será a partir de agora, no acesso a este mercado. “A indústria está fazendo sua parte para acelerar a ‘usabilidade’ para todo o público”, diz.
Enquanto o ano passado foi de convergência, o ano que vem será de consolidações entre os players cripto, na visão do executivo. Ele ressalta que o ganho de escala beneficia as exchanges. “Quanto maior e mais distribuído for o pool de liquidez de uma exchange, maior valor ela tem para o mercado”, diz.
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A exchange americana Coinbase tem negociações em andamento para a aquisição da 2TM, conforme noticiou a Coluna do Broadcast. No evento, o tema não foi abordado.
Já Chaim Finizola, cofundador da fintech Credix, comentou que na área de infraestrutura há mais intensidade nas fusões e aquisições. “Muitos acontecem com players muito grandes, buscando empresas de nichos específicos. São com objetivo de trazer pessoas e projetos para dentro”, diz.
Finizola aponta também que o amadurecimento da indústria também trouxe o interesse maior de fundos de Venture Capital. Isto inclui os grandes fundos globais, não só os nichados em cripto. “A evolução recente foi fundamental. Antes faltava uma parte de regulamentação melhor, custódia, auditoria, criação de valor. Este amadurecimento trouxe a demanda pelo tema de finanças descentralizadas”.