- Do lado da oferta, o Commerzbank destaca que, além da questão da China, algum ceticismo começou a surgir sobre se o efeito de amortecimento de preços da liberação maciça de reservas estratégicas seria de fato duradouro.
O petróleo fechou em baixa nesta segunda-feira, pressionado pela alta do dólar ante rivais e pela crescente preocupação com a demanda chinesa pelo óleo, em meio à nova onda de covid-19 que abala o país asiático. Além disso, o mercado monitora a efetividade da liberação das reservas estratégicas.
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O contrato do WTI para maio fechou queda de 4,04% (US$ 3,97), a US$ 94,29 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Esse é o menor nível desde 25 de fevereiro, um dia após a invasão da Ucrânia pelos russos. Enquanto isso, o Brent para junho caiu 4,18% (US$ 4,30), a US$ 98,48 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), ficando abaixo de US$ 100 pela primeira vez desde 17 de março.
Xangai, na China, reportou 1.006 casos confirmados e quase 24 mil assintomáticos ontem. De acordo com Edward Moya, da Oanda, os operadores do setor de energia continuam precificando a destruição da demanda pelo óleo, à medida que o surto de covid na China piora. “O mercado de petróleo está sendo abalado e pode ser necessário o esgotamento do forte comércio do dólar para que ele se estabilize”, diz, em relatório enviado a clientes. “A situação na China provavelmente enfrentará uma resistência crescente, pois bloqueios maciços estão ocorrendo. Os casos de doenças graves permanecem extremamente baixos, mas as mudanças na política de zero-covid não acontecerão por muitos meses”, completa.
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Do lado da oferta, o Commerzbank destaca que, além da questão da China, algum ceticismo começou a surgir sobre se o efeito de amortecimento de preços da liberação maciça de reservas estratégicas seria de fato duradouro. “Afinal, isso envolveria consumir mais e investir menos. Além disso, os estoques precisariam ser reabastecidos a médio prazo”, destaca, em relatório enviado a clientes.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) disse hoje à União Europeia que sanções atuais e futuras à Rússia podem criar um dos piores choques de oferta de petróleo de todos os tempos. Já o chefe da política externa da União Europeia, Josep Borrell, informou que nenhuma decisão foi tomada pelo bloco sobre as sanções contra petróleo russo, mas que a questão continua a ser avaliada.