A gigante chinesa de transporte urbano Didi Global sairá da Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), após a maioria dos acionistas votar a favor de um plano de deslistagem.
A aprovação encerra o conflito entre a empresa com o governo chinês sobre listagem no mercado de ações norte-americano.
Em assembleia geral extraordinária nesta segunda-feira, 96,26% dos acionistas votantes da Didi manifestaram-se a favor da retirada das American Depositary Shares (ADS, na sigla em inglês) da Bolsa de Nova York, informou a empresa.
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Os ADSs são recibos de ações negociados nos EUA, atrelados a papéis listados em outros países.
“É a única opção para os acionistas. Eles estariam no purgatório se (a Didi) persistisse em desobedecer o governo chinês”, disse Thomas Hayes, presidente da Green Hill Capital.
A Didi também disse anteriormente que não pedirá listagem em nenhuma outra bolsa antes que a deslistagem seja concluída.
Não há promessa da Didi sobre se ou quando a empresa poderá listar as ações em Hong Kong após a saída de Nova York.
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A Didi tem lutado para trazer os negócios de volta ao normal, depois de irritar reguladores chineses ao avançar em junho do ano passado com a listagem de 4,4 bilhões de dólares em Nova York, apesar de ter sido solicitada a adiar o processo.
Dias depois que a Didi abriu capital, a poderosa agência de vigilância da Internet da China, a Cyberspace Administration of China (CAC), lançou uma investigação de segurança cibernética sobre as práticas de dados da empresa e ordenou que as lojas de aplicativos removessem 25 aplicativos móveis operados pela Didi.
A CAC também disse para a Didi interromper os registros novos usuários, citando segurança nacional e interesse público.