O que este conteúdo fez por você?
- Banco Central confirmou as expectativas do mercado e elevou a taxa básica de juros de 13,25% para 13,75% ao ano
- As maiores taxas de rendimento real são com os títulos privados
- Opção com menos risco, o Tesouro Direto configura uma ótima alternativa para o momento
Entre todos os investimentos da renda fixa, a poupança é o único que pode fazer o investidor perder dinheiro mesmo com o novo patamar da taxa básica de juros da economia, a Selic, a 13,75% ao ano. Isso porque, ao contrário de outras classes de ativos da renda fixa, a poupança ainda perde para a inflação. Veja quanto rende uma aplicação de R$ 1 mil na caderneta.
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Levantamento feito pela plataforma de informação sobre produtos de investimento Yubb mostra que, exceto a poupança, todas as opções de investimento da renda fixa oferecem ao investidor um rendimento real tendo em vista a taxa de juros de 13,75% ao ano. O cálculo parte da rentabilidade bruta dos títulos analisados menos a projeção de inflação para 2022.
Ontem (03), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central confirmou as expectativas do mercado e elevou a taxa básica de juros de 13,25% para 13,75% ao ano. Tal movimento impacta diretamente a renda fixa.
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Desde que a Selic voltou para os dois dígitos no início de 2022, a renda fixa recuperou o posto de queridinha dos investidores. Essa foi a única classe de ativos que conseguiu entregar rentabilidade positiva no primeiro semestre do ano; relembre. Agora, com mais um ajuste na taxa básica de juros, a tendência é que a renda fixa fique ainda mais atrativa.
As maiores taxas de rendimento real são com os títulos privados, como as debêntures incentivadas, o LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e o LCA (Letra de Crédito do Agronegócio). Esses ativos são isentos de imposto de renda. “Esses investimentos estão com taxas altas pelo momento de mercado e vão fornecer ao investidor uma alta rentabilidade real, mesmo que tenhamos algum cenário extremo de inflação devido a deterioração fiscal”, destaca Laís Costa, analista da Empiricus.
Opção com menos risco, o Tesouro Direto configura uma ótima alternativa para o momento, segundo os analistas da renda fixa. Nesta reportagem o E-Investidor fez simulações de rendimentos com títulos do Tesouro Direto.
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Em um cenário em que o mercado já começa a vislumbrar quedas na taxa de juros para 2023, mas que ainda possui inflação e juros em alta no curto prazo, uma boa saída pode ser os títulos híbridos, explica Fernanda Melo, economista e planejadora financeira CFP pela Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar).
A rentabilidade do ativo é determinada pela combinação de uma taxa prefixada e outra pós-fixada, como o Tesouro IPCA+. “Como acompanham tanto a subida da inflação, quanto dos juros, pode fazer muito sentido nesse momento. Exemplo: em um título IPCA + 8%, o ganho real é 8%, independente de quanto esteja a inflação”, afirma Melo. Veja como investir nesse tipo de ativo.