Dólar volta ao patamar dos R$ 5. É hora de comprar?

“No Brasil, o momento é propício pra comprar moeda para o exterior. Na última semana, o dólar e o euro tiveram praticamente a mesma paridade na cotação do comercial. Na cotação turismo, essa última semana foi a mais forte do mês e, devido essa flutuação, aumentou muito a venda de dólar e de euro. São as duas moedas mais compradas pelos brasileiros nesse mês de agosto”, diz Marcos Almeida, diretor da WIT Exchange.

Já Renan Mazzo, head de câmbio da SVN Investimentos, analisa que um nicho específico tem aproveitado para realizar a compra da moeda: “A partir do fluxo de câmbio, estamos vendo um movimento forte principalmente de importadores aproveitando esse patamar dos R$ 5,00 pra realizar os pagamentos de importação.”

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No entanto, Mazzo pontua que existem variáveis relevantes que determinam a taxa e não permitem uma previsão muito clara: “Existem alguns pontos de atenção que podem acabar levando o dólar a patamares mais elevados, como a alta inflação nos Estados Unidos, inflação na Europa e o Banco Central americano subindo juros, que tende a apreciar o dólar frente a moeda dos emergentes como real.”

De acordo com Mazzo, quando a Bolsa brasileira sobe, o dólar tende a cair e, quando o dólar cai, a Bolsa está subindo, “então, ter um porcentual da carteira dolarizada é uma forma de se proteger contra momentos em que o Brasil tem ativos com fraco desempenho”, afirma.

Já o especialista de renda variável da Aplix Investimentos, Kaue Franklin, observa que a existe uma entrada considerável de fluxo estrangeiro de investimentos no País. “O Brasil é uma ilha de investimento. Hoje o cenário é positivo para a Bolsa e negativo para o dólar, ou seja, positivo para o real”, afirma.

“O dólar a R$ 5 é um ponto bacana para compra, mas ainda tende a cair mais, na casa dos R$ 4,80. Após o discurso em Jackson Hole, a moeda pode trabalhar em um cenário de queda nas próximas semanas”, prevê Franklin.

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