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- O Ibovespa caiu 1,58% na semana, passando de 103.618,2 pontos para 101.981,53 pontos
- As três ações que mais valorizaram na semana foram Via (VIIA3), Ecorodovias (ECOR3) e MRV (MRVE3)
O Ibovespa caiu 1,58% na semana, passando de 103.618,2 pontos para 101.981,53 pontos. Este é o menor nível de fechamento do índice desde o dia 27 de julho de 2022. O principal motivo das quedas foi a continuidade das preocupações com o sistema bancário global, que já vinham no radar desde quando o Silicon Valley Bank (SVB) e o Signature Bank faliram na última semana.
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O tema tomou o mercado de incertezas, que temia que a crise se espalhasse para outras instituições financeiras e gerasse uma corrida bancária. As preocupações com a maior quebra de bancos nos Estados Unidos desde a crise de 2008 não tinha nem se amenizado quando o gigante Credit Suisse também entrou em apuros. Aqui, tudo o que se sabe até agora sobre o problema do banco suíço.
As autoridades financeiras dos EUA e da Suíça socorreram as instituições, mas os acontecimentos já tinham sido suficientes para jogar uma onda de aversão a risco nas Bolsas e mercados globais. E o Brasil não escapou.
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“Apesar da atuação das autoridades competentes e da busca por evitar qualquer contágio para a atividade econômica, o ambiente de incertezas tornou os investidores mais arredios à tomada de maiores riscos”, explica Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.
Outro fator que permaneceu no radar durante a semana, esse ligado ao cenário doméstico, foi a apresentação do novo arcabouço fiscal que irá substituir a regra do Teto de Gastos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia prometido mostrar a proposta ainda durante a semana – e o mercado estava aguardando por isso –, mas o tema ficou para os próximos dias.
O Ibovespa acumulou quedas em quase todos os pregões da semana, caindo 0,48% na segunda (13), 0,18% na terça (14), 0,25% na quarta (15) e 1,40% nesta sexta-feira (17). O único dia positivo do período foi a quinta-feira (16), quando o índice conseguiu arrancar uma alta de 0,74%.
O dólar valorizou 1,51% frente ao real, encerrando a semana cotado a R$ 5,27. Já o euro subiu 1,26%, passando para R$ 5,61.
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As três ações que mais valorizaram na semana foram Via (VIIA3), Ecorodovias (ECOR3) e MRV (MRVE3).
Confira o que influenciou o desempenho dos ativos:
Via (VIIA3): +14,84%, R$ 2,09
O problema dos bancos internacionais acabou abrindo uma brecha para um alívio na curva de juros futura brasileira. Isso porque parte do mercado passou a precificar que, com a falência das instituições financeiras, o banco central dos EUA será forçado a reduzir ou até interromper a alta na taxa de juros por lá – o que abre espaço para o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), tomar a mesma decisão em relação à Selic.
Esse contexto beneficiou as ações de empresas ligadas ao varejo e à construção civil, fazendo os papéis da Via liderarem os ganhos do Ibovespa ao acumular uma alta de 14,84% no período, cotados a R$ 2,09.
As ações sobem 8,29%% no mês. No ano, caem 12,92%.
Ecorodovias (ECOR3): +14,67%, R$ 5,16
As ações da Ecorodovias foram impulsionadas pela divulgação dos números da companhia relativos ao quarto trimestre de 2022, considerados “surpreendentemente positivos” pelo Citi. Somente nesta sexta-feira (17), os papéis subiram 8,86%.
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A ECOR3 sobe 25,85%% no mês e 15,96% no ano.
MRV (MRVE3): +12,91%, R$ 7,26
O alívio nos juros futuros também beneficiou as ações da MRV, que subiram 12,91% na semana, cotadas a R$ 7,26.
No mês, a MRVE3 sobe 23,05%. No ano, tem leve queda de 4,47%.
*Com Estadão Conteúdo