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Como foi o primeiro pregão do Credit Suisse após a compra pelo UBS

Papéis do banco em Zurique desabaram 55,74%

Como foi o primeiro pregão do Credit Suisse após a compra pelo UBS
(Foto: Reuters/ Denis Balibouse)
  • Após a compra, a ação do UBS subiu 1,26%. Entre bancos europeus, o papel do Deutsche Bank recuou 0,64% em Frankfurt, e o do HSBC perdeu 0,33% em Londres
  • Por outro lado, a Autoridade Bancária Europeia (EBA, pela sigla em inglês) avaliou que o setor bancário da Europa é “resiliente” e dispõe de “robustos níveis de capital e liquidez”

A ação do Credit Suisse em Zurique caiu 55,74% um dia após o anúncio da compra do banco pelo UBS. O valor é equivalente a US$ 3,25 bilhões, numa transação intermediada por reguladores na Suíça. O movimento aconteceu no âmbito de uma onda de temor com relação à possibilidade de uma crise do setor bancário, após a quebra de dois bancos dos EUA: o Silicon Valley Bank (SVB) e o Signature Bank.

Após a compra, a ação do UBS subiu 1,26%. Entre bancos europeus, o papel do Deutsche Bank recuou 0,64% em Frankfurt, e o do HSBC perdeu 0,33% em Londres.

Por outro lado, a Autoridade Bancária Europeia (EBA, pela sigla em inglês) avaliou que o setor bancário da Europa é “resiliente” e dispõe de “robustos níveis de capital e liquidez”. Já Lagarde parabenizou a ação rápida e as decisões tomadas pelas autoridades suíças com relação ao Credit Suisse. Além disso, Lagarde garantiu que o BCE está pronto para responder conforme necessário para preservar a estabilidade de preços e a financeira na zona do euro.

O pessimismo logo após a conclusão da venda do Credit Suisse se deve às condições em que o acordo foi realizado. Isso porque o UBS não tinha interesse em adquirir o Credit Suisse devido ao alto risco que a instituição financeira oferece à companhia.

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“O UBS não sabe direito os problemas do Credit Suisse. Então, quando você compra um banco, há uma incerteza enorme porque não se conhece a qualidade dos créditos que o banco possui. Portanto, trata-se de uma aquisição de altíssimo risco ao ponto de afetar os resultados do UBS”, diz Marcelo Cabral, CEO da Stratton Capital. Com essa perspectiva no radar dos investidores, as ações do UBS também iniciaram a semana no vermelho.

A combinação das duas empresas suíças vai resultar em um banco com mais de US$ 5 trilhões em ativos no mundo. O Banco Nacional da Suíça (SNB, o banco central do país), a FINMA, principal autoridade de supervisão financeira do país, e o Departamento Federal Suíço de Finanças foram os agentes quem iniciaram as conversas e apoiam a transação, conforme comunicado. “Esta aquisição é atraente para os acionistas do UBS, mas, sejamos claros, no que diz respeito ao Credit Suisse, este é um resgate de emergência”, disse o presidente do Conselho de Administração do UBS, Colm Kelleher, em comunicado à imprensa sobre a aquisição.

Com informações do Estadão Conteúdo e do repórter Daniel Rocha

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