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Educação Financeira

As 3 dicas financeiras para enfrentar a crise, por Mauro Calil

É preciso se preparar para o pior, diz o educador financeiro

As 3 dicas financeiras para enfrentar a crise, por Mauro Calil
Mauro Calil, educador financeiro (Sergio Castro/ Estadão)
  • O planejamento financeiro que você fez antes da crise precisa ser atualizado
  • É bom pensar em um plano B, caso o seu salário falte ou atrase
  • Defina prioridades, corte gastos e tente fazer o dinheiro sobrar

De economista a professor, Mauro Calil começou uma nova trajetória profissional ajudando outras pessoas a cuidar do próprio dinheiro. De 2006 para cá, ele trocou a carreira de executivo de multinacional pela educação financeira – nas aulas que ministra na Academia do Dinheiro e nos serviços de mentoria que oferece na Clínica Financeira, onde contabiliza mais de 2 mil atendimentos.

Em tempos de coronavírus, ele engordou o time dos profissionais que se renderam ao home office. Trabalho não falta, já que, em meio a tanta incerteza, a preocupação das pessoas só faz aumentar. “Ninguém sabe como a situação vai ficar”, resume.

Quarto convidado do E-Investidor na série As 3 dicas financeiras para enfrentar a crise, Calil dá alguns conselhos que ajudarão o leitor a enfrentar este período de turbulência.

Refaça seu plano financeiro

A crise obrigou todo mundo a refazer as próprias contas. Algumas pessoas já tinham dinheiro guardado debaixo do colchão, mas agora vão gastá-lo mais rápido do que imaginavam. Outras, nem reserva tinham. O primeiro passo é refazer o plano financeiro, com as receitas e despesas que você passou a ter hoje. O cara que vendia pastel na rua e parou de trabalhar teve uma queda na receita – mas também deixou de ter gastos com combustível, por exemplo. Remonte o esquema para ver onde entra e onde sai dinheiro nessa nova realidade.

Não dependa apenas do salário

Considere a hipótese de não poder contar mais com o salário e tenha na manga um plano B, levando em conta as habilidades que você possui. Mesmo se você é funcionário público. No Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul e no Ceará, os Estados quebraram e passaram a não pagar salários de professores, policiais e profissionais de saúde. E esses Estados também vão receber menos dinheiro por meio de impostos, com o encolhimento da economia. Por isso, o risco de atraso de salários é real. Esteja preparado.

Defina prioridades para os gastos

Neste momento de restrição, olhe para os seus gastos e defina o que é mais importante para você. Você pode tirar o carro da garagem para ir à padaria ou a ir a pé. Na hora das refeições, sai mais caro comprar comida pronta do que cozinhar. Verifique quais são as suas prioridades, quanto cada uma delas custa para o seu bolso e faça suas escolhas. Não basta o dinheiro não acabar: a meta com esse enxugamento é fazer sobrar algum no fim do mês.

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