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Comportamento

Crise na Hurb: como fugir das armadilhas de pacotes de viagem

A crise da empresa está gerando desconfiança, mas há maneiras de o turista diminuir o risco de problemas

Crise na Hurb: como fugir das armadilhas de pacotes de viagem
O pilar para a realização de compras no ambiente virtual segue sendo a principal checagem da reputação da empresa (Foto: Envato)
  • A crise deflagrada na Hurb está desencadeando uma onda de desconfianças para a contratação de pacotes de viagem
  • Apesar do momento de tensão, especialistas explicam que ainda há opções seguras, mas é preciso observar questões básicas

A crise deflagrada na Hurb está desencadeando uma onda de desconfianças para a contratação de pacotes de viagem. Os dados de pesquisa do Google Trends mostram que o receio se estende contra as principais empresas do setor. Apesar do momento de tensão, especialistas explicam que ainda há opções seguras, mas é preciso observar questões básicas.

O pilar para a realização de compras no ambiente virtual segue sendo a principal checagem da reputação da empresa. Nessa etapa, é possível observar as avaliações de credibilidade por diversas fontes, incluindo canais conhecidos como Reclame Aqui e Consumidor.Gov e redes sociais da empresa, ambiente comum para o feedback de consumidores.

“Verifique há quanto tempo a empresa existe e se de fato os clientes que compram pacotes costumam viajar sem ter problemas”, orienta Fabio Louzada, economista, analista CNPI e planejador financeiro CFP. Para ele, é preciso observar inclusive o fluxo de reclamações, se elas aumentaram ou não nos últimos meses e quais são os tipos de queixas.

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Ainda na etapa de decisão sobre a escolha da empresa, o boca a boca deve ajudar muito em caso de dúvidas. Os comentários vistos em redes sociais podem não ser precisos o suficiente. Assim, encontrar algum conhecido que já viajou pela mesma empresa pode auxiliar com um panorama mais completo da experiência.

Observar as regras contratuais

O segundo passo é ler atentamente todos os detalhes contratuais de cada pacote oferecido. Entre aqueles com preços mais em conta é comum que o cliente só possa escolher datas fora da alta temporada, o que pode ser um obstáculo importante principalmente para quem tem filhos em idade escolar. Há ainda opções para viagens que só acontecerão mais de dois anos depois.

Mateus Terra, especialista em Direito do Consumidor do escritório Terra Advogados, destaca que ao conferir os termos de venda há detalhes que podem tornar o pacote mais caro. “Quais são as condições de agendamento? Quais são os custos adicionais, como bagagem, taxa de cancelamento ou remarcação?”, detalha.

Os preços muito abaixo do normal devem ser observados com cautela redobrada, ainda que o site seja muito conhecido. “É sempre bom desconfiar de tudo que aparece com custo muito mais baixo do que a concorrência. Mas não necessariamente se deve evitar comprar pacotes baratos”, destaca Louzada, ressaltando que é possível desfrutar de promoções seguras.

Monitore a confirmação de serviços

Os especialistas ouvidos pelo E-Investidor recomendam, após a emissão de passagens e reserva de hotéis pela empresa contratada, que os clientes monitorarem de perto se os serviços estão de fato confirmados.

Após a confirmação da data de voo pela empresa, o ideal é fazer uma dupla checagem com a companhia aérea e também entrar em contato com o hotel escolhido. “Mas de nada adianta ficar monitorando de perto se a viagem é só mais para frente e se a empresa já deixou claro quais são os prazos para emissão de voos e reserva de hotéis”, observa Louzada.

Renata Abalém, diretora jurídica do Instituto de Defesa do Consumidor e do Contribuinte (IDC), diz que esse monitoramento é fundamental, inclusive para se prevenir legalmente. “Quando sair para viajar é importante ter a certeza de que está tudo certo no destino, isso pode evitar um prejuízo ainda maior”, diz.

O que fazer diante de problemas?

O primeiro passo é registrar uma reclamação oficial com a empresa para verificar seu posicionamento. Caso haja demora ou a resposta seja insuficiente, será preciso procurar o órgão de proteção e defesa do consumidor, o Procon.

“Em cidades com delegacia do consumidor, é interessante fazer uma denúncia. Em alguns casos, deixa de ser relação de consumo e passa a ser penal”, diz Abalém em relação a casos em que uma empresa vende um pacote que sabe que não conseguirá entregar, por exemplo.

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