Os dividendos pagos pelas empresas brasileiras não acompanharam a tendência global no primeiro trimestre deste ano. O mais recente relatório da Janus Henderson mostra que os acionistas locais receberam 12,2% a menos na comparação com o mesmo período do ano passado. A redução vai contra a tendência global, que avançou 12% no mesmo período.
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O relatório mostra que os dividendos globais avançaram principalmente em razão do crescimento dos dividendos especiais, ou seja, aqueles que não são pagos de forma recorrente, podendo ser relacionados à venda de uma ativo da empresa, por exemplo. O total nominal atingiu recorde, ficando em US$ 326,7 bilhões.
A análise trimestral inclui as 1.200 maiores empresas do mundo por capitalização de mercado, que representam 90% dos dividendos distribuídos globalmente.
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Por uma junção de fatores, com impacto significativo de cortes de Vale (VALE3), os pagamentos de empresas brasileiras totalizaram US$ 3,4 bilhões, contra US$ 3,9 bilhões no mesmo período do ano passado.
A Vale cortou o pagamento de US$ 1,8 bilhão em dividendos, sendo a maior redução de pagamentos para acionistas em todo o mundo.
A Janus Henderson observa, contudo, que a empresa brasileira está inserida em um contexto global de dificuldades. Os dividendos das mineradoras caíram um quinto na comparação entre os primeiros três meses de 2022 e 2023.
“Tendo sido o principal motor do crescimento global de dividendos em 2021, a queda dos preços das commodities a partir de meados de 2022 começou a fazer com que os grupos de mineração reduzissem o pagamento e continuassem com os cortes no primeiro trimestre”, explica trecho do relatório.
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