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Após uma quinta-feira com intensa agenda de divulgação de balanços corporativos, os destaques na movimentação das ações nesta sexta-feira (14) foram reflexo dos números apresentados pelas empresas. No campo positivo, as cinco principais altas do Ibovespa foram de empresas que divulgaram resultados, enquanto que no campo negativo as duas maiores quedas também tiveram relação com balanços.
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Com o suporte proporcionado por essa nova fornada de resultados trimestrais, o Ibovespa conseguiu interromper nesta sexta uma série de três sessões no vermelho e cravou alta de 0,89%, a 101.353,45 pontos. Mesmo assim, o saldo da semana foi negativo, com perda de 1,38%. O giro financeiro do pregão foi de R$ 28,7 bilhões, de acordo com dados preliminares.
As três ações que registraram as maiores quedas no dia foram B2W (BTOW3), BTG Pactual (BPAC11) e Lojas Americanas (LAME4). Confira o que afetou o desempenho desses três papéis.
Mesmo após os resultados considerados fortes, as ações ON da B2W tiveram a maior baixa do Ibovespa – e as ações PN da Lojas Americanas, sua controladora, a terceira maior queda, também após o balanço. Embora a interpretação de casas de mercado tenha sido majoritariamente positiva, com a varejista digital apresentando forte alta nas vendas e a física com “resiliência’ em meio à pandemia, o investidor realiza lucros porque as expectativas que estavam nos preços já eram altas.
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“É uma dinâmica parecida com a do Mercado Livre: o resultado foi bom, mas a expectativa era tão positiva que não tem espaço de alta no curtíssimo prazo”, comenta Jorge Junqueira, sócio-gestor da Gauss Capital. Ele lembra que, por ter múltiplos considerados mais elevados que os de outros setores, o e-commerce tende a ceder a realizações mais fortes – justamente o que ocorreu com o Mercado Livre pós-balanço.
As Units do BTG Pactual caíram 3,35% (R$ 82,60), segunda maior baixa do Ibovespa, em movimento contrário ao dos outros papéis do setor financeiro, que fecharam a sessão em alta. “Foi um movimento de realização de lucros. A ação está com um desempenho bem forte desde o seu ‘follow on’ em julho e a retomada dos processos de IPO na B3″, explica Bruno Madruga.
Para Igor Cavaca, analista da Warren, o papel do BTG é um dos únicos do setor financeiro que consegue ainda se movimentar desde o início da pandemia, o que causa essa assimetria antes os pares. “É normal o movimento acontecer em uma sexta-feira”, complementa.
B2W e sua controladora, Lojas Americanas, tiveram duas das três maiores quedas, recuando 6,89% e 3%, respectivamente. Para Luis Guanais e Gabriel Savi, do BTG Pactual, ambas as empresas navegaram bem na crise e são vencedoras no curto prazo, com o aumento de vendas on-line e também nas iniciativas omnichannel, que integram operações virtuais e físicas para maior ganho logístico.
Igor Cavaca, da Warren, diz que esperava números mais robustos de B2W, mas que entende o movimento de hoje como uma realização de lucros, também para Lojas Americanas.
“No geral os números vieram em linha com o que o mercado esperava, então os investidores aproveitaram o momento para retirar os ganhos e refazer as estratégias para o setor, parecido com o que vimos com Mercado Livre no início da semana”, comenta.
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*Com Estadão Conteúdo
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