- De acordo com o Banco Central (BC), o Pix automático vai permitir os pagamentos recorrentes pelo novo serviço após a autorização prévia do consumidor
- As empresas que necessitam de pagamento recorrente, como academias, condomínios e escolas, vão poder utilizar o novo produto a partir de abril de 2024
- Na avaliação de especialistas, o novo recurso vai tornar mais acessível a possibilidade de agendar pagamentos recorrentes, como já acontece nos cartões de crédito e débito automático
Em abril do próximo ano, os consumidores brasileiros terão mais uma opção de pagamento para as despesas recorrentes: o Pix automático. O novo produto que está em fase de desenvolvimento foi anunciado nesta terça-feira (21) pelo Banco Central (BC) durante a 19ª reunião plenária do Fórum Pix, comitê que coordena o aprimoramento da modalidade de pagamentos instantâneos.
Pix automático: como vai funcionar?
A nova função poderá ser utilizada por empresas de qualquer segmento que necessitem de pagamentos periódicos, como companhias de serviços públicos, escolas, academia, entre outros. Segundo o BC, embora o recurso seja semelhante aos de outros pagamentos, a operação será mais acessível para todas as empresas e também para os consumidores. Isso porque, no caso do débito automático, é necessário um convênio bilateral com várias instituições financeiras, o que aumenta a burocracia e a complexidade do processo.
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“Isso vai possibilitar que esse serviço seja prestado por fintechs, por exemplo, porque há muitas pessoas que movimentam as suas transações em contas virtuais. Haverá uma democratização dos pagamentos automáticos”, diz Bruno Martucci, Head de Produto da Pomelo.
Desde junho de 2021 até maio deste ano, as transações via Pix cresceram 333,8%, segundo os dados do BC. Com o lançamento do novo método de pagamento, a tendência é que esses números sigam em crescimento.
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“(A novidade) deve ter uma grande adesão. O Banco Central já informou que o Pix ultrapassou o cartão de crédito, débito, pré-pago, boleto e outros meios no primeiro trimestre de 2022 no total de transações”, ressalta Fabio Louzada, economista, analista CNPI e fundador da Eu me banco.
A ideia é que, quando o produto estiver desenvolvido, o consumidor possa adotar essa modalidade de pagamento de duas formas. A primeira será por meio de assinatura de um contrato com o prestador do serviço na qual o consumidor confirma a sua opção de pagamento via Pix Automático e informa os seus dados bancários. Após esse processo, uma notificação no aplicativo do banco será enviada para confirmar a autorização. Logo depois, os pagamentos serão efetuados de forma automática sem a necessidade do cliente autenticar cada transação.
A outra opção que está sendo viabilizada será por meio da leitura de um QR Code ou pelo Pix Copia e Cola. Como são mecanismos já bastante usados, o consumidor será redirecionado para o ambiente em que autoriza a confirmação da operação de pagamentos recorrentes. “Ampliar o uso do Pix trará mais competitividade ao setor, uma vez que o modelo é aberto e poderá ser ofertado para as empresas por qualquer instituição participante do Pix”, disse Carlos Eduardo Brandt, coordenador do Fórum Pix.
Os testes do novo recursos devem acontecer em março de 2024 para que o lançamento ocorra em abril conforme o cronograma.
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