Desde a aprovação da reforma tributária, discutida há pelo menos 30 anos no País, o setor de varejo brasileiro vem expressando preocupação com pontos considerados por empresários como pouco explicados.
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A Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) teme que a reformulação dos tributos abra espaço para a cobrança sobre alimentos que, hoje, apresentam alíquota zero. A Oxfam Brasil, organização sem fins lucrativos que atua no combate às desigualdades e à pobreza, também compartilha do mesmo receio.
Ambas apontam para o artigo 8º do parecer da reforma que trata da redução em 50% de tributos sobre alimentos para consumo humano. Em nota, a ABRAS aponta que “para os especialistas, com isso alimentos hoje totalmente isentos seriam tributados, ainda que com alíquotas menores”.
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Leandro Rosadas, economista e especialista em gestão de supermercados, diz acreditar que o patamar adotado seria “entre 5 a 7% de aplicação de alíquota, o que pode representar 40% de aumento na ponta para o consumidor final”.
Diante da possibilidade de aumento dos preços, a educadora financeira Aline Soaper traz dicas para consumidores colocarem em prática, na hora de irem às prateleiras dos supermercados, e economizarem.
Pesquise
Talvez a mais conhecida das regras de finanças seja aquela que recomenda não comprar o primeiro produto encontrado. “Observe os dias da semana que os supermercados fazem promoções de itens específicos é fundamental”, ensina Soaper, ao tratar de gastos. Se ater aos itens elencados na lista é importante e evitar idas desnecessárias ao mercado também. Afinal, o deslocamento também custa.
Adaptar gastos à realidade
“Todos querem uma mesa farta, mas é preciso usar técnicas que evitem o endividamento”, avalia a educadora financeira. Usar o cartão de crédito para as compras do mês nem sempre é recomendado, visto que muitas famílias optam pelo parcelamento dos produtos adquiridos. No mês seguinte, quando forem às compras mais uma vez, ainda estarão pagando o que foi consumido e a dinâmica pode fugir do controle.
Substituir itens
Comparar os preços entre produtos do mesmo tipo serve para que o consumidor, em último caso, substitua um item pelo outro. “Dê preferência às marcas que oferecem melhor relação entre custo e benefício”, aconselha Soaper.
Calcular o preço por quilo ou litro de um determinado produto é uma maneira de concluir qual pesa menos no bolso. A educadora financeira finaliza com outras dicas: “Trocar carne bovina por uma mais em conta. No caso de frutas e verduras, muitas feiras têm a hora da ‘xepa'”.