A agenda da semana está mais robusta no exterior, com destaque para a reunião entre ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais (BCs) do grupo das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia (G20) na Índia. O presidente Luz Inácio Lula da Silva (PT) está em Bruxelas, na Bélgica, para participar da III Reunião de Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e União Europeia (UE), nesta segunda (17) e terça-feira (18).
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Nos Estados Unidos o investidor aguarda uma bateria de balanços importantes, como Bank of America (BofA), Morgan Stanley e Goldman Sachs. Entre os indicadores, são esperados as vendas no varejo e a produção industrial americanas, além do CPI da zona do euro e do Reino Unido.
No Brasil, o Índice Geral de Preços (IGP-10) de julho e o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de maio são divulgados hoje. Também fica no radar a live na internet com o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Abry Guillen.
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Confira as notícias das principais empresas da Bolsa
Light (LIGT3)
A Light apresentou na sexta-feira (15), após o fechamento do mercado, seu plano de recuperação com proposta aos credores. O plano leva em consideração a pulverização da dívida. São seis opções de pagamento a credores: quatro apontam para recuperação integral de créditos, incluindo uma que prevê conversão de dívida em ações.
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As outras duas dizem respeito a um leilão reverso com desconto de ao menos 60% dos créditos e a uma emissão de novas debêntures, bonds ou instrumentos de dívida com desconto de 20%. O plano foi bem recebido pelo mercado. O pacote é viável para a empresa e capaz de injetar recursos no caixa no curto prazo, disseram fontes ouvidas pelo Broadcast.
Mas os debenturistas, que detêm mais da metade dos débitos da companhia, não gostaram. Para eles, os acionistas, que deveriam capitalizar a empresa, não foram afetados pelo plano, enquanto os credores ficaram com todo o ônus.
CSN (CSNA3)
Multada em R$ 1.013.871,60 devido à disseminação de poeira negra oriunda de seus alto-fornos em Volta Redonda, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) informou que está investindo R$ 700 milhões para sanar o problema.
Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras informou que retomou, na noite de sexta-feira, os serviços de suporte administrativo e técnico temporário à Paraná Xisto, após o cumprimento das obrigações contratuais assumidas em 2022 pela canadense Forbes Resources Brazil Holding S.A., compradora da refinaria.
Azul (AZUL4)
A Azul anunciou a conclusão de sua troca de títulos de dívida seniores 2024 e 2026 por títulos de 2029 e 2030 que tinha sido anunciada em junho. Segundo comunicado da companhia, no total, 86% do valor principal dos títulos de dívida foram trocados. As taxas passaram de 5,875% e 7,250% para 11,500% e 10,875%, respectivamente.
Neoenergia (NEOE3)
O volume total de energia injetado nas redes da Neoenergia totalizou 19.873 gigawatts-hora (GWh) no segundo trimestre deste ano, alta de 2,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Considerando os seis primeiros meses do ano, o montante foi de 40.382 GWh, alta de 2,6%, em base anual de comparação.
Americanas (AMER3)
A Americanas comunicou que foi proferida decisão em procedimento arbitral excluindo a 3G Capital Partners LP do polo passivo, dentro do processo de recuperação judicial. A inclusão tinha sido solicitada pelo Instituto Ibero-Americano da Empresa no início do processo, em janeiro, mas em maio a entidade pediu suspensão do procedimento até que “sejam divulgadas as informações financeiras pendentes”, que seguem em preparação, segundo a companhia.
Marfrig (MRFG3)
O Conselho de Administração da Marfrig aprovou a 13ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em até três séries, para colocação privada, no valor de, inicialmente, R$ 1,125 bilhão.
Eztec (EZTC3)
A Eztec registrou um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 474,5 milhões em lançamentos no segundo trimestre de 2023, o que representa um aumento de 272% em relação ao VGV registrado no primeiro trimestre.
Via (VIIA3)
A Via pode usar sua carteira do crediário para levantar recursos e equilibrar melhor seu balanço. O processo se daria por meio de Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (Fidcs), segundo apurou o Broadcast. O montante pode chegar a R$ 500 milhões.
CCR (CCRO3)
A CCR informou que foi concluída a transferência para a companhia da totalidade das ações detidas pela OTP Mobilidade na concessionária no VLT Carioca, em que a companhia passou a deter 95,1737% do capital social.
PDG (PDGR3)
Acionistas minoritários da PDG Realty estão acusando o ex-presidente Vladimir Ranevsky, que liderou o processo de recuperação judicial da incorporadora, de ter tirado vantagem da sua posição para comprar dívidas da empresa “a preço de banana” e depois convertê-las em ações, obtendo um lucro milionário e se tornando o controlador do grupo. O assunto será discutido em uma assembleia geral de acionistas marcada para o dia 22 de agosto.
*Com informação do Broadcast