A MRV&Co apresentou lucro líquido consolidado, dos acionistas da controladora, de R$ 181 milhões no segundo trimestre de 2023, o triplo na relação com o mesmo período de 2022, quando chegou a R$ 58 milhões.
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O resultado líquido foi influenciado por ganhos de R$ 201,3 milhões, oriundos de itens financeiros, sem efeito direto na operação. Entram aí R$ 149,8 milhões na operação de recompra de ações da companhia e outro efeito positivo de R$ 51,5 decorrentes da marcação a mercado de derivativos.
Sem considerar esses efeitos financeiros, o resultado líquido consolidado e ajustado, dos acionistas da controladora, foi um prejuízo de R$ 20,3 milhões, o que representa uma reversão perante o lucro de R$ 215,2 milhões do mesmo período do ano passado.
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A receita líquida consolidada totalizou R$ 1,825 bilhão, alta de 14%.
O braço de incorporação do grupo (MRV e Sensia) teve lucro líquido de R$ 179,9 milhões no segundo trimestre de 2023, revertendo prejuízo de R$ 202 milhões no mesmo intervalo de 2022. Já no critério ajustado (sem os ganhos financeiros) houve prejuízo de R$ 31,5 milhões. A receita líquida subiu 13,6%, para R$ 1,771 bilhão.
A margem bruta do braço de incorporação aumentou 3,2 pontos porcentuais, para 22,1%, em meio à continuidade dos esforços da MRV para subida de preço dos seus imóveis e recuperação da rentabilidade. Por sua vez, a margem bruta das novas vendas chegou a 31,7%. As despesas comerciais aumentaram 17,1%, para R$ 183 milhões.
Nas demais operações do grupo, a Resia contribuiu com lucro de R$ 41 milhões, impulsionada pela venda de um empreendimento inteiro no período. Por sua vez, a Luggo teve prejuízo de R$ 12,6 milhões, e a Urba, prejuízo de R$ 17,2 milhões.
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A MRV&Co chegou ao fim do segundo trimestre com dívida líquida de R$ 5,507 bilhões, elevação de 85,2% na comparação anual. A operação no Brasil (que reúne todas as empresas, menos a Resia) tem dívida líquida de R$ 3,363 bilhões, alta de 55,8% na mesma base de comparação.
Em julho, a companhia concluiu a sua oferta pública de distribuição de ações (follow-on), totalizando R$ 1 bilhão. Com isso, a alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e patrimônio líquido) caiu de 64%, no fim de junho, para 40%, na sua operação no Brasil.