O cenário de juros mais elevados por mais tempo nas principais economias do mundo continuou pressionando o mercado nesta quinta-feira (21). Pela manhã, o Banco da Inglaterra contrariou expectativas e optou pela manutenção dos juros no patamar atual, porém indicou também que as taxas terão que ficar em patamares restritivos pelo período que for necessário – na esteira do comunicado dado pela FED após a decisão de ontem. Com este pano de fundo, as bolsas americanas e europeias encerraram o dia em queda firme.
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Entre as commodities, além do minério de ferro – que caiu 2,23% nesta madrugada em Dalian – o cobre e outros metais industriais também recuaram fortemente na sessão. E apesar da notícia de que a Rússia reduziu suas exportações marítimas de diesel neste mês, o petróleo Brent também caiu.
No Brasil, além da aversão ao risco global e queda das commodities, os investidores também reagiram à postura conservadora do Copom no comunicado pós-decisão, de que as próximas baixas devem ser no mesmo ritmo do que foi observado ontem, ou seja, cortes de 0,5pp. Além disso, o alerta sobre a meta fiscal feito pelo Banco Central reforçou a preocupação do mercado com o cumprimento do objetivo – e a queda real da arrecadação de agosto, divulgada hoje, não ajuda.
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No final da sessão, o Ibovespa apresentou queda de 2,15% aos 116.145 pontos, com giro financeiro de R$ 26 bilhões. No câmbio, o dólar avançou 1,13% frente ao real, cotado a R$ 4,94. Enquanto nos juros, o movimento foi de abertura em todos
os vértices da curva a termo, em reflexo ao comportamento dos Treasuries, bem como aos comunicados do FED e Copom.
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