O Nubank (ROXO34), uma das principais fintechs brasileiras, criada há dez anos no bairro do Brooklin (SP) e com operações na Colômbia e México, adquiriu recentemente dezenas de URLs – que são links de endereços na internet – e as redirecionou para uma página de segurança por considerá-las frágeis do ponto de vista da cibersegurança.
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A dona do roxinho também informou que, por conta disto, lançou nesta sexta-feira (13) um portal para tratar destas URLs que, em outras situações, poderiam ser utilizadas por agentes mal-intencionados para confundir as pessoas e, possivelmente, aplicar golpes.
As notícias acerca de tentativas de golpe no Brasil e no mundo são recorrentes e chama atenção a criatividade dos fraudadores, que chegam a criar páginas de bancos, cooperativas e neobancos para, desta forma, acessar contas, aplicações e investimentos, de forma a roubar o recurso dos correntistas.
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O Nubank sempre teve por hábito alertar seus clientes para não clicarem em links considerados estranhos ou desconhecidos e nem repassarem informações, senhas ou qualquer dado considerado confidencial e que dê acesso às plataformas financeiras, conforme afirma a própria empresa.
A diretora de marketing do banco digital, Juliana Roschel, disse que o Nubank quer ir além do alerta e da conscientização das pessoas sobre essa prática criminosa e partir para uma ação mais concreta. “Por isso, adquirimos domínios na internet que parecem do Nubank, mas não são – e que poderiam ser usados de forma maliciosa – e os redirecionamos para o site, um portal que ficará permanentemente disponível e concentrará informações e dicas de proteção contra fraudes e golpes”, explicou.
Por volta das 11h40 a ação ROXO34 caía 1,93% na bolsa brasileira, cotada a R$ 6,62.
Nubank (ROXO34): as URLs
Ainda de acordo com Juliana Roschel, entre as URLs compradas estão, por exemplo, nubankbrasil, nubank, nubanks e wwwnubank. Ela destaca que o lançamento do portal faz parte da campanha #PareceMasNãoÉoNubank, criada para dar orientações relacionadas a temas como: quais são as táticas mais comuns entre os golpistas; como eles podem usar a marca Nubank para enganar as pessoas; como denunciar uma tentativa de golpe para o Nubank; como reconhecer um atendimento legítimo do Nubank; e como reconhecer os perfis legítimos da empresa na internet.
Já a vice-presidente de engenharia e gerente-geral de prevenção a fraude do Nubank, Fabiola Marchiori, reforça que as táticas de engenharia social, que nada mais são do que formas de manipular as vítimas psicologicamente para induzi-las a tomar ações que no fim das contas as prejudicam, são cada vez mais comuns em toda a indústria financeira. “Isso porque os fraudadores têm encontrado dificuldades em burlar os sistemas de defesa das instituições, que vêm se tornando ainda mais sofisticados”, frisou.
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“Entre essas táticas, está a da falsa central de atendimento, em que as potenciais vítimas são abordadas em diferentes canais por pessoas e perfis que se fazem passar pelas instituições. Manter as pessoas bem-informadas sobre essa prática é muito importante porque, na maioria das vezes, existe uma participação não intencional das próprias vítimas para que o golpe se concretize”, completou.