O dólar oscilou sem direção única ante as principais moedas do planeta nesta terça-feira, no dia em que ata do Federal Reserve (Fed) mostrou disposição de dirigentes em manter na mesa a possibilidade de mais aperto monetário à frente. Em destaque no câmbio, libra avançou ante a moeda americana, à espera de orçamento no Reino Unido, enquanto o peso argentino despencou no mercado paralelo, na primeira sessão após a eleição do ultraliberal Javier Milei à presidência.
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O índice DXY, que mede o dólar ante seis rivais fortes, fechou em alta de 0,12%, a 103,565 pontos. Ao fim da tarde, o dólar subia a 148,38 ienes, o euro recuava a US$ 1,0917 e a libra tinha alta a US$ 1,2538.
A moeda americana ganhou impulso pontualmente no exterior após leilão de Treasuries com demanda acima da média e depois de a ata do Fed reforçar que as autoridades monetárias julgam necessário manter juros restritivos por mais tempo. Mas mesmo a divulgação do documento não parece ter alterado significativamente as apostas dos investidores para a trajetória de juros dos EUA.
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O analista Leonel Mattos, da StoneX, disse que os agentes do mercado não acreditam na possibilidade de o Fed voltar a elevar juros – mesmo a ata mencionando a chance de aperto adicional caso os dados indiquem que é necessário. “Eles acreditam que isso é muito improvável, mas o Fed mantém esse discurso para ter essa opção à mesa caso alguma coisa dê errado”, afirmou, ao Broadcast.
A desvalorização do euro contra o dólar ajudou a apoiar o DXY, em um dia marcado também por discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde. Ela falou que ainda é cedo para se declarar vitória contra a inflação, mas frisou que as próximas decisões serão condicionadas aos dados.
Em contrapeso, a libra subiu. Dirigente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Catherine Mann afirmou hoje que deseja ver os juros mais elevados do que eles estão agora. Durante audiência no Comitê do Tesouro do Parlamento do Reino Unido, ao lado do presidente do BoE, Andrew Bailey, e de outros dirigentes, Mann disse que um aperto maior na política monetária “seria importante”, como mostra do compromisso do BC com o retorno da inflação à meta de 2%.
Principal referência no mercado paralelo, o dólar blue dispara e volta a superar a marca de mil pesos argentinos, no primeiro dia útil após a eleição do ultraliberal Javier Milei à presidência da Argentina. Segundo levantamento do Ámbito Financiero, o dólar blue saltou 100 pesos argentinos e é vendido a 1.050 pesos.
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